Ucrânia: representante do Brasil na ONU pede cessar-fogo imediato

Publicado em 05/04/2022 às 16:53

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Durante a reunião do Conselho de Segurança da  ONU que discutiu as denúncias de um massacre, atribuído pela Ucrânia à Rússia, da  população civil em Bucha , nos arredores de Kiev, o embaixador do Brasil na organização, Ronaldo Costa Filho, evitou fazer criticas a Moscou ou mencionar o nome do país, e defendeu um cessar-fogo imediato e medidas para proteger a população civil em áreas de conflito. O Brasil ocupa um assento não permanente no Conselho.

Costa Filho disse que os relatos de violência e as imagens de sofrimento em cidades como Bucha, Kharkiv e outras áreas são “extremamente preocupantes”, citando informações da Cruz Vermelha, e defendeu uma investigação independente de todas as denúncias, com a participação dos dois lados no conflito — Rússia e Ucrânia — e sem julgamentos prévios. Além disso, reiterou a posição brasileira de defender o diálogo ente os envolvidos, além do fim dos combates.

“Mais uma vez, renovamos nosso apelo por um amplo, efetivo e imediato cessar de hostilidades na Ucrânia. Apenas depois do silêncio das armas e da retirada das tropas será possível interromper o enorme custo humano provocado por esse conflito”, declarou, em sua intervenção.

Ao contrário dos oradores anteriores, representantes de países como EUA, Gabão e Irlanda, não houve uma condenação à Rússia ou às forças separatistas que agem no Leste ucraniano.

O diplomata brasileiro afirmou que  o Conselho de Segurança tem a obrigação de defender a paz no mundo, mas, em sua avaliação, o órgão não está cumprindo seu papel para apoiar o diálogo entre os envolvidos.

“Nós lamentamos que o Conselho de Segurança não tenha sido capaz de falar como uma só voz nessta crise, promovendo o cumprmento da lei humanitária internacional, protegendo civis, pedindo a paz, esses são objetivos que deveriam nos unir, ao invés de nos dividir”, declarou Costa Filho.

“Deveríamos lutar para criar as condições para, por um lado, reforçar as negociações políticas e, por outro, chegar a um acordo para evitar ou amenizar a crise humanitária na Ucrânia”.

Para o representante brasileiro, as causas do conflito, “quaisquer que sejam elas”, não devem afetar as obrigações que os países têm de respeitar os direitos das populações em áreas de conflito e dos prisioneiros de guerra.

“Objetivos geopolíticos não devem se sobrepor à busca pela paz nem tampouco prolongar o sofrimento daqueles atingidos pela guerra”, apontou Costa Filha.

Na parte final do discurso, o diplomata apontou para os efeitos econômicos do conflito e das sanções aplicadas à Rússia, mencionando os impactos no fornecimento de alimentos para o mundo, especialmente às nações em desenvolvimento, um cenário que, segundo ele, será agravado com o prolongamento do conflito.

Desde o início da guerra o Brasil tem evitado fazer críticas ao governo russo, mas tem votado contra Moscou no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral.

Fonte: Portal iG

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