Na contramão da economia, setor de TI cresce na crise

Publicado em 16/09/2021 às 11:22

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Foto: Divulgação

Enquanto a crise afeta inúmeros setores da sociedade, principalmente o de turismo, a indústria de serviços e de tecnologia da informação (TI) crescem. No setor de TI, esse número é impressionante, e a sua atividade aumentou consideravelmente no segundo trimestre do ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar de uma retração de 0,1% da economia no segundo trimestre, a atividade de  informação e comunicação, aquela que abrange o setor de TI no Produto Interno Bruto (PIB), subiu 5,6% sobre o primeiro trimestre.

Já em junho, a atividade demonstrou estar 27,8% maior até mesmo do que antes do início da pandemia. Esse número refletiu na criação de empregos, algo crucial para o país neste momento de crise. Só no primeiro semestre do ano, 107 mil postos de trabalho foram abertos na área de TI, contando também com os serviços de telecomunicações.

Sondagem de Serviços indica aumento contínuo

Uma Sondagem de Serviços feita em agosto pela Fundação Getúlio Vargas  (FGV) aponta que a expectativa é que esse cenário permaneça positivo. Isso porque o trabalho remoto e o e-commerce aumentaram em popularidade, criando mais demanda para o setor. Outro ramo ligado à tecnologia que se mantém em alta são os sites de apostas esportivas com bônus de boas vindas, que atrelam o entretenimento à praticidade. As casas de apostas online atendem ao público que se interessa por modalidades esportivas variadas, como o futebol e esportes eletrônicos – já o bônus de boas-vindas é a estratégia que elas utilizam para atrair e fidelizar novos clientes, geralmente oferecendo uma porcentagem de bonificação em um determinado valor dos palpites.

De acordo com a FGV, o subsetor de telecomunicações e tecnologia da informação alcançou o maior patamar de confiança entre as atividades do Índice de Confiança de Serviços (ICS) em agosto, chegando aos 106 pontos – o resultado geral foi de 99,3 pontos. O responsável pela Sondagem de Serviços da FGV, Rodolpho Tobler, comentou que desde outubro do ano passado que se prevê um maior número de contratações do que demissões no subsetor. Um dos componentes do ICS, o indicador de emprego previsto, também se mostrou alto, com 117,5 pontos na escala de 1 a 200.

Segundo Tobler, “esse segmento é o que está com a confiança mais alta no setor de serviços e tem dado uma sinalização de que ainda pode melhorar nos próximos meses”.

Destaques na TI

Acredita-se que o crescente aumento na TI se deve à aceleração de um movimento que já estava em curso: grandes empresas de tecnologia se tornando as companhias mais valiosas do mundo e permeando o dia-a-dia de todos. A pandemia reafirmou a necessidade dos meios digitais para a sociedade, seja com o incentivo ao trabalho remoto, ou com as facilidades de compra e venda online. Com a demanda em alta, as ferramentas de comunicação também se favoreceram.

Segundo o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, Rodrigo Lobo, “as empresas que atuam nesse segmento acabam se beneficiando do surgimento de novos negócios, notadamente a parte de fornecimento de aplicativos de videoconferência e armazenamento de dados em nuvem”.

Empresas que se destacaram durante a pandemia supriram exatamente essas necessidades. A plataforma Zoom, por exemplo, que permite reuniões online via videoconferências, tinha 10 milhões de usuários por dia em dezembro de 2019. Em abril de 2020, eram 300 milhões de pessoas utilizando a tecnologia diariamente.

E esse histórico vem se repetindo para outras companhias no setor de TI e comunicação, criando a necessidade de profissionais formados na área. Em um estudo de 2019, a Brasscom estimou que até 2024 seriam gerados aproximadamente 420 mil postos de emprego relativos à  tecnologia da informação e comunicação – 70 mil ao ano. Mas essas vagas talvez nem sejam preenchidas, já que, por ano, somente 46 mil alunos se formam em cursos superiores relacionados à TI.

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