Cérebros dos gatos estão diminuindo pela convivência com humanos

Publicado em 04/02/2022 às 11:51

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Se comparados aos ancestrais selvagens, os gatos domésticos estão ficando com os cérebros menóres
Danae Callister/Unsplah

Se comparados aos ancestrais selvagens, os gatos domésticos estão ficando com os cérebros menóres

Diariamente os tutores de gatos se surpreender  com comportamentos inusitados dos felinos de estimação, mas algo bem curioso sobre essa convivência entre gatos e humanos vai muito além de uma questão de comportamento. Os cérebros dos gatos vêm sofrendo alterações significativas e diminuindo de tamanho.

Segundo concluiu um estudo realizado pelos pesquisadores da Universidade de Viena e do Departamento de Ciências Naturais dos Museus Nacionais da Escócia, e publicado pela revista  “Royal Society Open Science”, as medidas cranianas dos gatos domésticos modernos estão menores em comparação a dois de seus ancestrais selvagens mais próximos, os gatos selvagens africanos (Felis lybica) e europeus (Felis silvestres).

Os pesquisadores descobriram que o tamanho do crânio e, portanto, o do cérebro, em gatos domésticos diminuiu significativamente ao longo dos últimos 10 mil anos, se comparados aos dos ancestrais selvagens.

Mas isso, afirmam os cientistas, não significa que o gato doméstico tenha ficado menos inteligente do que uma espécie selvagem. O que a pesquisa parece indicar que é a mansidão dos gatos domésticos pode ter influenciado na forma como esses felinos se desenvolvem. A pesquisa sugere que essas mudanças podem começar já no estágio embrionário, quando o animal está apenas começando a desenvolver células da crista neural, algo que somente os vertebrados possuem e que desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do sistema nervoso.

“A seleção por domesticação em animais domésticos pode ter causado a desregulamentação da migração e proliferação das células da crista neural, levando à diminuição da excitabilidade e do medo. No entanto, esta desregulamentação também pode causar mudanças correlacionadas na morfologia, na resposta ao estresse e no tamanho do cérebro”, diz o artigo.

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As pesquisas mais recentes mostram que o cérebro de gatos domésticos sofreu uma redução de até 25% em comparação aos gatos selvagens. Também foram examinadas espécies híbridas – mistura entre gatos selvagens e domésticos – e descobriram que as medidas dos crânios se encaixam na média entre as espécies selvagens e domésticas.

Todos esses dados mostram que a domesticação dos animais teve grande efeito na evolução dos gatos durante milhares de anos, um fenômeno semelhante pode ser observado em outras espécies. “As mudanças no volume craniano foram também documentadas em outras espécies domésticas, tais como coelhos, ovelhas, cães e muitos outros”, escreveram os pesquisadores.

O objetivo das pesquisas busca trazer compreensão das mudanças causadas pela domesticação e para a conservação de espécies selvagens ameaçadas pela hibridação com animais domésticos. Uma  outra pesquisa recente mostrou que animais selvagens estão adaptando seus corpos para sobreviver às mudanças climáticas, o que pode levar ao fim muitas das espécies que conhecemos hoje.


Fonte: IG PET

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