POMERANA

Coluna Pomerana

DESVENDANDO A ANCESTRALIDADE POMERANA PELO DNA

Publicado em 14/10/2021 às 08:41

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Uma pergunta que sempre pode ser ouvida entre os pomeranos, diz respeito à origem desse povo. Seriam alemães, seriam eslavos? Já existe uma forma de se descobrir algo mais consistente sobre a origem das pessoas, fazendo um Teste de Ancestralidade. Ou melhor, ao se fazer esse Teste de Ancestralidade Global no seu DNA, será possível descobrir algo, no mínimo curioso. O seu resultado é visto em um mapa, no qual estarão indicadas as áreas de onde vieram nossos ancestrais, com suas respectivas porcentagens.

O Mapeamento Genético de Bem-Estar analisa milhares de pontos no nosso DNA e que se relacionam com diversas características do nosso corpo e da nossa mente, organizados em cinco relatórios: Genera Nutri, Fit, Skin, Aging e You.

Já a linha Saúde irá dar informações sobre como o DNA interage com as medicações que se consome e também poderá conhecer variantes de risco para mais de 15 doenças de causas genéticas e/ou onde a genética desempenha um papel importante. Uma plataforma interativa (Acesse: descubra.genera.com.br.) poderá contar um pouco sobre os processos de migração que podem ter influenciado a vinda dos ancestrais para o Brasil.

Eu tive a curiosidade de conferir os dados revelados pela pesquisa do meu DNA e encontrei dados interessantes. Isso confere, de certa forma, com o meu histórico: Três avós pomeranos e um avô paterno do Vale do Reno.

A região da Europa Oriental engloba Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Eslováquia, Hungria, Checoslováquia, Belarus, Ucrânia, Moldova e o oeste da Rússia. É proposto que humanos do Oriente Médio tenham entrado na Europa pela primeira vez, passando pela península balcânica, o que seria evidenciado pela similaridade genética entre os europeus neolíticos e os atuais habitantes do Oriente Médio. Assim sendo, os territórios do Leste Europeu seriam um dos primeiros ocupados durante essas migrações.

A área predominantemente desabitada da Europa Central foi ocupada por eslavos que vieram do leste. Somente em alguns lugares em Rügen, na região de Szczecin e a leste, ao longo da costa do Mar Báltico deve ter havido assentamentos de tribos germânicas no período eslavo comprovado. Populações germânicas remanescentes podem ter assimilado os eslavos ou – na costa – mantido suas conexões com a Escandinávia (Jomsviks).

As várias tribos dos eslavos eram frequentemente nomeadas de acordo com a sua área de assentamento. A oeste do rio Oder foram os Zizipans e Tollenser, junto com outras tribos como os Wilzen e mais tarde os Liutizen. Nas ilhas viviam o R(uj)anen (ao redor e em Rügen) e o Wolliner (em torno de Wollin). O nome dos Rujanos, bem como da ilha de Rügen, provavelmente volta diretamente para os rugianos assimilados. Os eslavos que se estabeleceram a leste do Oder eram chamados de Pomorans (“pelo mar”, em contraste com o sul do assentamento “Polans” do interior). Foram construindo fortalezas (e.B Demmin, Szczecin, Kołobrzeg), centros comerciais wendish-escandinavos (Ralswiek, Menzlin, Vineta) e santuários (Jaromarsburg). Além da agricultura, pecuária e apicultura, nessa região, os do Mar Báltico também operavam no mar. Eles não eram apenas pescadores, mas também comerciantes. Semelhante ao que na época era comum na Escandinávia, alguns também eram piratas.

A partir do século X, os eslavos da Pomerânia posterior ficaram sob a influência de seus vizinhos. Fortes, feudais, poderes cristãos com interesses expansivos surgiram em torno das pequenas e pagãs tribos wendish: do Ocidente, os soberanos alemães do Sacro Império Romano-Germânico os ameaçaram, do norte os dinamarqueses e do sudeste os piasts poloneses.

Embora não seja tão conhecida, a imigração de países da Europa Oriental para o Brasil foi tão numerosa quanto à japonesa ou “alemã” propriamente dita. A principal origem destes migrantes foi a região da atual Polônia, mesmo que, no final do século XVIII, este país tenha deixado de ser um estado soberano.

Ondas migratórias também resultaram do excedente populacional rural e pela crescente pobreza urbana no fim do século XIX, sendo esta leva a mais marcante no que diz respeito ao Brasil.

Bom, depois desse estudo, fica realmente muito difícil fazer afirmações consistentes sobre a existência de um “povo” pomerano. E, cadê a tal da raça “pura” do “Seu Adolfo”? Somos todos resultados de uma miscigenação muito complexa e no mínimo curiosa.

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