Real digital: entenda projeto do BC que deve reduzir ainda mais dinheiro físico

Publicado em 30/09/2021 às 07:20

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Autoridade monetária pretende começar projeto piloto do Real Digital em 2022
Reprodução: iG Minas Gerais

Autoridade monetária pretende começar projeto piloto do Real Digital em 2022

Com tantos meios de pagamentos, cada vez menos precisamos de dinheiro vivo na carteira. Essa tendência deve se aprofundar com a criação de versões digitais das moedas nacionais, uma corrida tecnológica que envolve vários países, inclusive o Brasil.

Desde que divulgou, em maio, as primeiras diretrizes para o real digital, o Banco Central estuda formas de viabilizar uma versão virtual da moeda, emitida e lastreada pela autoridade monetária como qualquer cédula.

O BC planeja iniciar em 2022 alguns testes pilotos. O real digital servirá para pagamentos instantâneos, como já faz o Pix, mas o BC espera que estimule novas soluções, como transações off-line. Nessa maturação, o BC já definiu linhas básicas: sigilo bancário, estímulo a modelos inovadores como a internet das coisas e contratos inteligentes, nos quais o cumprimento de uma obrigação é atrelado a uma transação financeira instantânea, com mais eficiência e menos risco.

Atualmente, estão em curso discussões mais técnicas, como os possíveis impactos nos depósitos dos bancos e a capacidade de operar em conjunto com outras moedas digitais nacionais. Suécia, China e Coreia do Sul, por exemplo, já trabalham em suas versões. Esse ponto pode favorecer exportações e importações. O BC conversa com autoridades monetárias de países como Reino Unido e Itália para desenvolver o Pix internacional, que deve possibilitar transferências internacionais instantâneas antes da chegada das moedas digitais, uma espécie de ensaio de um mundo com ainda menos dinheiro em circulação.

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O real digital também depende da evolução de inovações como o Pix e o Open Finance e mudanças nas regras cambiais atualmente em discussão no Senado. A moeda virtual ainda deve levar anos, mas o presidente do BC, Roberto Campos Neto, diz que o Brasil está avançado em comparação com outros países.

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A primeira preocupação da equipe dele foi separar o que é uma moeda digital emitida por banco central (CBDC em inglês) de uma criptomoeda, como o bitcoin. A primeira tem emissão centralizada no BC e distribuição por instituições financeiras, como o real convencional. A segunda não tem característica de meio de troca e não é emitida por um país, mas obtida por meio de interações digitais transnacionais, a chamada mineração.

Por isso, para o BC, criptomoedas não são moedas, mas ativos. Há muito esperada, a regulamentação desse tipo de investimento no país está na pauta das conversas entre o BC e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de capitais, mas ainda não há definição. No mundo, criptomoedas dividem os países. El Salvador oficializou, a China acaba de declarar a negociação ilegal e os EUA apertam a regulação.

Veja a entrevista do iG com o coordenador do estudo, Fabio Araujo:



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