Igreja abre estacionamento para prostitutas durante a noite e repercute na web
Publicado em 11/11/2021 às 22:50
Uma igreja no bairro de Kensington, na Inglaterra , admitiu deixar seus portões abertos durante a noite mesmo tendo conhecimento de que o estacionamento é utilizado por prostitutas para atividades sexuais. Sediada em uma área conhecida pela atuação de profissionais do sexo, a Igreja de Todos os Santos informou que a ideia surgiu “baseada nas crenças, valores e missão em ajudar as pessoas mais vulneráveis”.
“A Igreja de Todos os Santos de Kensington acredita que todas pessoas são iguais diante de Deus e deseja ser um lugar de santuário para seus necessitados. Por muitos anos, a comunidade da igreja se envolveu com profissionais do sexo […] para oferecer apoio, o amor de Deus e tentar mostrar um caminho alternativo na vida”, disse um porta-voz da igreja ao jornal britânico Liverpool Echo .
A congregação oferece comida, apoio emocional e também trabalha com entidades como o serviço Armistead, voltado para apoiar a população LGBTQIA+, seus familiares e profissionais do sexo, além da Addaction, uma instituição de caridade britânica.
Em comunicado, a administração da igreja disse que, nos últimos anos, viram muitas mulheres passarem do trabalho sexual para a reabilitação. Para a instituição, o processo de construção de confiança leva tempo e parte disso inclui “oferecer lugares seguros e sem julgamentos”. “Pensamos com cuidado e oração sobre os benefícios e riscos de manter nossos portões abertos”, acrescentou.
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Segundo o portal, alguns membros da igreja e do bairro não ficaram contentes com a iniciativa e se mostraram até mesmo ofendidos. A instituição disse que o diálogo estará aberto para que eles exponham suas preocupações.
“Nós sempre nos lembramos que as mulheres envolvidas [nessas atividades] são seres humanos e reconhecemos que, muitas vezes, são muito mais que profissionais do sexo: [são] mães, irmãs e amigas litando com uma parte específica de suas vidas, [e] não devem ser julgadas por essa atividade”, afirmou o porta-voz.
Nas redes sociais, a notícia da iniciativa recebeu elogios por apoiar mulheres vulneráveis, mas também foi alvo de críticas de pessoas que disseram que o problema seria piorado.