Bitcoins e Criptomoedas no Brasil: moedas do futuro ou pura ilusão?

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Com a recente defesa de Elon Musk sobre o impacto ambiental do Bitcoin, muito se ouviu falar na mídia sobre os criptoativos. Apesar de tanta fama, não há como negar que as moedas digitais ainda não são um investimento acessível para a maioria dos brasileiros.

Será tendência que o Bitcoin se popularize e vire a moeda do futuro ou que continue como ficção científica para muitos? As criptomoedas terão peso em estabelecimentos e e-commerces no Brasil? Acompanhe a leitura na íntegra para saber mais.

Antes de tudo: entendendo o que é uma criptomoeda

Uma criptomoeda nada mais é do que uma moeda digital – totalmente diferente do dinheiro físico (como o real ou dólar) que conhecemos. Embora o Bitcoin seja a primeira a ter surgido e a famosa de todas as moedas digitais, existem milhares delas em vigência no mercado. Exemplos comuns incluem: Litecoin, Ripple, Ethereum, Dogecoin e Dash.

As moedas digitais possuem como pontos interessantes a descentralização. Isso significa que nenhum governo, instituição bancária ou entidade regulatória é capaz de controlar os seus processos de emissão ou de transações. Embora isso gere o anonimato, a rede de criptomoedas é operada de forma extremamente segura, graças a tecnologia de ponta envolvida por trás da rede avançada de criptografia, o Blockchain.

Por que indivíduos buscam operar com Bitcoins?

Recentemente, ainda em 2021, o Bitcoin sofreu uma desvalorização desastrosa. Tanto pelos comentários negativos do CEO da Tesla Motors quanto pelas restrições para a mineração em territórios asiáticos (China). Apesar de muitos perderem dinheiro por ter investido em Bitcoins, existem vários motivos que levam indivíduos a buscá-lo.

O primeiro deles está na descentralização. Como as transações das criptomoedas não passam por intermediários, há anonimato e redução das tarifas. Seja para realizar compras ou envios internacionais. De fato: é muito mais vantajoso enviar dinheiro para o exterior via criptomoedas do que pagar por taxas de transferências via banco.

Além do anonimato e da economia gerados pela descentralização, a segurança é um dos principais fatores que atraem adeptos para o mundo das criptomoedas. Sem contar a velocidade e facilidade com que todas as operações são realizadas.

Em quais setores o uso de moedas digitais está em alta?

Apesar da expansão nos últimos anos, logicamente, nem todos os estabelecimentos aceitam como forma de pagamento ativos digitais. A maioria das companhias envolvem empresas inovadoras e tecnológicas. Exemplos incluem soluções online (como Steam, Hostinger e Microsoft). Além de cassinos na internet – onde é possível se divertir com online slots – e casas de apostas esportivas.

Caso a demanda de mercado impulsione a aceitação de tais ativos em outros estabelecimentos (físicos ou digitais), a tendência é que eles se expandam para diversos nichos. Recentemente, a Argentina passou a aceitar Bitcoins como método de pagamento para a compra de imóveis – via Mercado Livre. Isso nos leva a pensar que as criptomoedas possam estar cada vez mais presentes em plataformas de e-commerces e marketplaces.

Até que ponto as criptomoedas farão parte da rotina do brasileiro?

A tendência é que, caso haja demanda, o Bitcoin e outras criptomoedas passem a ser usados com frequência pelo público. Logicamente, isso não se processará tão rapidamente. Já que depende da adaptação do consumidor e de uma mudança de hábitos.

Desde que os smartphones e a internet foram capazes de transformar nossas vidas, tudo se tornou muito mais veloz e automatizado. Nem precisamos sair do sofá para pagar contas ou fazer compras. Como as criptomoedas se encaixam perfeitamente nesse cenário, possivelmente elas ganharão um espaço cada vez mais especial.

A recente notícia de que a VISA pretende implementar pagamentos através de Bitcoins em território nacional só reforça a ideia de que, provavelmente, as moedas digitais ganhem popularidade no Brasil.

A proposta da VISA para incentivar o uso de Bitcoins

No mundo todo, a VISA (emissora de cartões de crédito), já trabalha com 180 moedas diferentes. A companhia acredita que o futuro do Bitcoin não seja apenas como reserva de valor ou investimento. Mas também como um método recorrente de pagamento.

Pensando nisso, a empresa já antecipou que pretende atuar junto a corretoras promovendo transações diárias com criptomoedas. O objetivo é que o Bitcoin, por exemplo, seja tão comum quanto pagar por cartão ou o novo PIX.

Panorama como reserva de valor

Acredita-se que, no futuro, ter Bitcoins estará muito mais relacionado com uma reserva de valor do que com puro investimento. Assim como o ouro ou o dólar, o Bitcoin será capaz de preservar o patrimônio do investidor, vencendo a inflação. Sobretudo em crises e instabilidades econômicas. Como reserva de valor, o Bitcoin será capaz de preservar o capital, além de agregar pontos cruciais como alta liquidez e o fato de não se deteriorar. 

Será o Bitcoin a moeda do futuro em nosso país?

Ao que tudo indica, mesmo com a recente desvalorização, o Bitcoin tem potencial para se tornar a moeda do futuro no Brasil. Tudo dependerá se ele irá se encaixar dentro de uma mudança de hábitos do público brasileiro. De qualquer maneira, notícias recentes (como a da VISA) indicam que ele está no caminho certo para isso.