Crédito rural no Espírito Santo cresce 23,8% em nove meses e atinge marca recorde

Foto: Henrique Fajoli/Seag

A aplicação de crédito rural no Espírito Santo registrou um crescimento de 23,8% nos primeiros nove meses do atual ano-safra, impulsionada pelo lançamento do Plano de Crédito Rural em julho de 2024. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado, o Governo Federal, instituições financeiras e entidades representativas de produtores rurais e pescadores.

Esse aumento se refere ao período de julho de 2024 a março de 2025, comparado ao mesmo intervalo do ano-safra anterior. Entre todos os estados brasileiros, apenas o Espírito Santo e o Piauí apresentaram crescimento — de 23,8% e 3%, respectivamente — enquanto os demais tiveram retração, resultando numa queda média nacional de 18,1%.

O ano-safra tem início em julho e se estende até junho do ano seguinte. Até março de 2025, o Espírito Santo alcançou um volume recorde de R$ 7,05 bilhões em crédito rural, frente aos R$ 5,69 bilhões registrados entre julho de 2023 e março de 2024 — um acréscimo superior a R$ 1,3 bilhão. Nesse período, foram realizadas 36,2 mil operações de crédito, um aumento de 9,5% em relação às 33,1 mil operações do ciclo anterior.

Os dados são da Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), com base em informações do Banco Central.

Esse volume recorde de crédito demonstra o dinamismo e a modernização da nossa agropecuária. Enquanto o país recuou, crescemos quase 24%, superando os R$ 7 bilhões aplicados em apenas nove meses. Esse desempenho reflete o alinhamento entre planejamento, articulação institucional e o compromisso com o fortalecimento do setor. É o resultado direto da implementação do Plano de Crédito Rural e da união de esforços entre o poder público, instituições financeiras e representantes do setor produtivo”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

O plano, voltado para a safra 2024/2025, é apoiado por instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banestes, Sicoob-ES, Sicredi e Cresol. Ele está alinhado às metas do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4 – 2023/2032), lançado em dezembro de 2023, que projeta alcançar R$ 12 bilhões em aplicações até 2032.

Além do volume expressivo, o crescimento também se destaca pela consistência entre as diversas modalidades de financiamento rural. Segundo Danieltom Vandermas, gerente de Dados e Análises da Seag, o Espírito Santo se destaca nacionalmente pela maturidade do setor produtivo:

Distribuição por modalidade

• Custeio: Crescimento de 22%, passando de R$ 2,5 bilhões para R$ 3,05 bilhões. Essa modalidade cobre despesas de produção, beneficiamento e armazenamento.
• Investimento: Alta de 20,4%, subindo de R$ 1,82 bilhão para R$ 2,2 bilhões. Abrange reformas, obras, aquisições de equipamentos, entre outros.
• Comercialização: Avanço de 33%, com aumento de R$ 1,33 bilhão para R$ 1,77 bilhão. Destinado à venda dos produtos no mercado.
• Industrialização: Única modalidade com queda, recuando 2,2%, de R$ 66,2 milhões para R$ 64,8 milhões. Voltada à industrialização de produtos agropecuários.

Em relação à participação no total aplicado:

• Custeio: 42,9%
• Investimento: 31,2%
• Comercialização: 25,1%
• Industrialização: 0,9%

Todas as comparações são referentes ao período de julho de 2024 a março de 2025, em relação ao mesmo intervalo do ano-safra anterior.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Seag