Maré meteorológica preocupa o Rio Grande do Sul: ‘Não vimos o pior cenário’

Publicado em 17/05/2024 às 09:20

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Foto: Freepik

Além das chuvas e o frio , o Rio Grande do Sul enfrenta uma maré meteorológica positiva, ou seja, o fenômeno ocorre quando existe uma sobrelevação do nível do mar, desencadeada por uma alta pressão atmosférica no continente e uma baixa pressão atmosférica no oceano.

“As duas estão soprando ventos intensos na mesma direção e ficam a um certo tempo estacionadas na região. O que causa um fenômeno chamado Transporte de Ekman, que é esse sopro de vento em direção ao continente que causa a subida das águas”, explica a meteorologista Claudia Klose Parise ao UOL.

Ou seja, com duas correntes de vento fortes e constantes expandindo na mesma direção, a água doce dos lagos não consegue escoar para o oceano. Isso mantém – e às vezes até aumenta – o nível dos alagamentos.

“A bacia hidrográfica do Guaiba tem 84 mil km². Medimos o escoamento no pico da enchente na semana passada e a vazão estava em 30 milhões de litros por segundo”, diz Elírio Toldo Jr., professor do Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica (CECO) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo ele, isso representa 15 vezes mais do que a média da bacia.

A especialista Cláudia Parise alerta que o pior cenário ainda está por vir no Rio Grande do Sul.

“A previsão é que vamos chegar no máximo da enchente até o dia 21 de maio. Ainda não vimos o pior cenário”, disse ao UOL.

Chuvas na região

Segundo a meteorologista Cátia Valente, da Sala de Situação do Rio Grande do Sul, o estado deverá receber mais chuvas nesta sexta-feira (17). “A chuva retorna, vindo pelo noroeste e norte gaúcho, passa pelo centro e vai até a região nordeste. Ou seja, em todas essas áreas, as chuvas retornam a partir da tarde. Os volumes variam de 20 a 40 milímetros ao longo desta quinta-feira”, diz a previsão.

Rio Grande do Sul

De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil,  o Rio Grande do Sul registra 151 mortes, 104 desaparecidos e 806 pessoas feridas. No total, 461 dos 496 municípios do estado enfrentaram algum tipo de problema, afetando mais de 2 milhões de pessoas.

Fonte: Portal IG

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