Descomplicando seus direitos
Qual o futuro do trabalho?
Publicado em 01/09/2021 às 11:17
Olá! Sejam bem-vindos à nossa coluna “Descomplicando Nossos Direitos”. Sou Aline Benevitz da Hora Mariano, advogada atuante na área trabalhista e empresarial com foco na prevenção de problemas jurídicos em ambientes laborativos. Trago, nos nossos encontros quinzenais, orientações que objetivam ajudar o pequeno, o médio e o grande empresário na construção e/ou manutenção de seus negócios – pois, quando cuidamos de empresas, estamos também cuidando de famílias.
Para o nosso terceiro encontro, trouxe como tema a seguinte pergunta que recebi num dia desses em meu Instagram: “qual o futuro do trabalho?” A resposta para este interessante questionamento impacta a vida de muitos trabalhadores e direciona a mente de empreendedores. Meus queridos, diante da abrangência e profundidade da resposta sobre tal dúvida, dar-me-ei por satisfeita por tecer um breve parecer a este respeito – afinal, esta é uma pergunta que vale ouro!
Para responder a esse questionamento, volto o meu olhar para as direções que o mercado tem tomado nestes últimos tempos. Um marco muito importante para perceber essa transformação é, sem dúvidas, a pandemia causada pela covid-19, e as palavras de Saadia Zahibi – diretora do Fórum Econômico Mundial – reforçam essa ideia: “A covid-19 acelerou a chegada do futuro.” Tal afirmação é verdadeira e alcança a todos, seja brasileiros, seja tantos outros ao redor do mundo.
Antes de tudo, vale lembrar que investir em capital humano já é uma característica de empresas competitivas que estão atentas às habilidades e talentos de seus colaboradores. Estes, por sua vez, devem estar atentos ao fato de que o mundo mudou. A crise sanitária trouxe uma aceleração de processos, fazendo com que o colaborador em alerta perceba e pense abertamente – de forma absoluta e natural – que o mundo tornou-se virtual. Ou seja, a inteligência profissional atual é composta pela autonomia do trabalhador e pela sua criatividade, e essa perspicácia não só pode, como deve, ser exercitada dentro das organizações que esses funcionários atuam. Essas duas características (autonomia e criatividade) devem ser exploradas por meio do dinamismo, da criatividade, da capacidade de questionar e da adaptabilidade àquilo que é novo – como a tecnologia, por exemplo.
Por outro lado, os empreendedores precisam entender que, para continuar aprendendo, precisarão aprender, desaprender e reaprender com o novo mercado que se abre. Ainda nesse cenário, cabe-se trazer uma aplicação nítida do conceito de modernidade líquida no que tange ao aprendizado; é preciso dizer que o saber não tem mais fórmula definida: há uma predominância pelo dinamismo, pela inconstância, pela fluidez. A adaptabilidade do empreendedor, então, está diretamente relacionada a sua capacidade de aceitar as novas possibilidades, articulando-as para revolucionar, por meio delas, o seu nicho empresarial.
Portanto, os empreendedores e os colaborares precisam entender que o protagonismo da busca pela adaptação às nuances do mercado é de responsabilidade pessoal. Os primeiros precisam de constante atualização para entender o presente cenário, devendo lançar mão de ferramentas necessárias para a sua sobrevivência no mundo competitivo atual; os últimos – visando a manutenção de seus empregos e/ou até a promoção em seus trabalhos – têm de, então, adotar uma mentalidade de crescimento, enfrentando seus medos, devendo evitar a procrastinação de seus objetivos para que, dessa forma, possam realizar uma entrega total a cada oportunidade de iniciar novos aprendizados. Desse modo, o futuro do trabalho pode até ser incerto, mas, com certeza, será melhor manejado por aqueles que se adequam rapidamente às circunstâncias do porvir.
Dra. Aline Benevitz
Advogada – OAB/ES 32.546
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