Você conhece a Doença de Haff? Mapa monitora casos no Brasil

Publicado em 18/09/2021 às 11:09

Compartilhe

peixes-com-doenca-de-haff

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que todos os casos notificados e em investigação sobre a doença de Haff – conhecida como “urina preta” – estão sendo acompanhados pelas equipes de epidemiologia do Ministério da Saúde em cooperação com os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA/RS) e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). 

O Mapa orienta que a população fique atenta na hora de comprar pescados, de forma geral. Peixes, mariscos e crustáceos comercializados devem conter o selo dos órgãos de inspeção oficiais. Os produtos identificados pelo carimbo de inspeção na rotulagem possibilitam a rastreabilidade de sua origem, o que os torna seguros. 

“É muito importante que a população esteja atenta aos informes, evitando assim informações especulativas que venham a ocasionar confusão a respeito do tema”, explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Ana Lúcia Viana. 

Pesquisas sobre os possíveis agentes causadores estão sendo realizadas pelo LFDA e o IFSC, a partir das amostras coletadas dos alimentos consumidos, bem como de material biológico dos próprios pacientes acometidos. Por ter sido registrada em diversos biomas (rios, lagos, mares etc.) e espécies, não é possível, até o momento, determinar, com base nos casos analisados, os ambientes e animais envolvidos. 

Com base nas análises preliminares, as equipes laboratoriais realizaram uma ampla pesquisa de amostras em busca de moléculas suspeitas, especialmente dos grupos das palytoxinas e ovatoxinas, apontadas como as mais prováveis toxinas causadoras doença de Haff.  São moléculas análogas – podem ser produzidas por microalgas tóxicas –  e estão presentes na maioria dos aquários marinhos. 

SÍNDROME – A doença de Haff ainda não tem causa definida e se caracteriza por ser uma síndrome em que ocorre uma rabdomiólise (ruptura de fibras musculares), com início súbito, apresentando rigidez, dores musculares e alterações de enzimas. Os primeiros sinais e sintomas podem se manifestar nas primeiras 24 horas após o consumo de peixe cozido, lagostins e outros frutos do mar contaminados.

A enfermidade é considerada emergente e, por ter origem desconhecida, enquadra-se como evento de saúde pública (ESP), sendo considerada de notificação compulsória. No Brasil, foram registrados casos da doença em 2008 com algumas espécies de água doce como o Pacu (Mylossoma spp), tambaqui (Colossoma macropomum) e pirapitinga (Piaractus brachypomus), bem como peixes de água salgada, como a arabaiana/olho-de-boi (Seriola spp.) e badejo (Mycteroperca spp), além de novos casos em 2016 e, agora, em 2021.

Fonte: Mapa

Veja também

lula_rio_doce_2

Lula afirma que governo tem apoio popular para enfrentar sanções de Trump

11072025-pzzb5414

Alfabetização infantil fica abaixo da meta nacional, aponta MEC

fachada-ministerio_mcamgo_abr_100420231818-28

Ministério da Fazenda eleva previsão de crescimento do PIB para 2,5% e reduz projeção de inflação

Capa texto teleconsulta 09 07

Todos os 78 municípios do estado contam com salas de teleconsulta

capa_49015_AssembleiaLegislativaLucasSCosta5

Assembleia Legislativa anuncia concurso público com 35 vagas e salários de até R$ 9,6 mil

b044e60a2dc88717769a2fd06302da41_lg_original_

Faes alerta para impactos de tarifa dos EUA sobre produtos capixabas

WhatsApp Image 2025-07-08 at 13.56.53

Projeto incentiva cultivo sustentável de cacau por agricultoras capixabas

{D5DBB1AA-6DEB-4DEE-34CA-D61ACE11D0D1}

Alfredo Chaves sedia final do Campeonato Brasileiro de Parapente de Pouso de Precisão