Produção Agropecuária Brasileira Alcança R$ 1,41 trilhão em Janeiro
Publicado em 02/03/2025 às 11:41

Foto: Freepik
Em janeiro de 2025, o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do Brasil atingiu R$ 1,41 trilhão, representando um aumento de 11% em relação à safra de 2024, que registrou R$ 1,27 trilhão. Esse crescimento foi impulsionado por aumentos significativos nos valores de produtos como café (46,1%), mamona (40,5%), cacau (25,0%), amendoim (23,8%), milho (16,7%) e soja (13,4%). Por outro lado, alguns produtos apresentaram variações negativas, destacando-se batata-inglesa (-61,1%), tomate (-20,0%), banana (-9%), trigo (-8,2%) e arroz (-7,2%).
No setor pecuário, a bovinocultura registrou a maior evolução, com um aumento de 21,8%, seguida pela avicultura (6,5%), suinocultura (4,6%) e produção de leite (2,2%). A produção de ovos, entretanto, teve uma redução de 5,6% no período analisado.
As lavouras, considerando 17 culturas avaliadas, apresentaram um crescimento de 11,0%, enquanto a pecuária, abrangendo bovinos, suínos, frangos, leite e ovos, cresceu 10,9%. A soja manteve-se como o produto de maior destaque, com um valor de produção de R$ 341,5 bilhões, seguida pelo milho (R$ 147,0 bilhões), cana-de-açúcar (R$ 121,6 bilhões) e café (R$ 116,4 bilhões). Esses quatro produtos juntos representaram 51,8% do VBP total.
Na pecuária, a bovinocultura contribuiu com R$ 206,1 bilhões, a avicultura com R$ 113,0 bilhões e a produção de leite com R$ 69,3 bilhões, sendo que a bovinocultura representou 14,6% do VBP total.
O principal fator para o aumento do VBP nos principais produtos foi a elevação dos preços no caso do café, cacau e milho, e o aumento da produção para mamona, amendoim e soja. No setor pecuário, o aumento de preços foi predominante, exceto para os ovos, que tiveram uma queda de 5,6% nos preços deflacionados.
O VBP é calculado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, representando o faturamento bruto na propriedade rural. Os cálculos são baseados na produção informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além dos preços vigentes no período, coletados pela Conab e pelo Cepea/Esalq, ajustados pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em janeiro de 2025.
Fonte: Mapa