CNC prevê que o varejo movimentará R$ 69,75 bilhões neste Natal

Publicado em 05/12/2024 às 09:20

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natal

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que o Natal deste ano gere R$ 69,75 bilhões em vendas, representando um crescimento real de 1,3% no faturamento do varejo, já considerando o ajuste pela inflação. Apesar da alta, o setor ainda não retornará ao nível pré-pandemia, quando, em 2019, as vendas atingiram R$ 73,74 bilhões.

Entre os segmentos de mercado, super e hipermercados devem liderar, respondendo por 45% (R$ 31,37 bilhões) da movimentação financeira. Em seguida, aparecem as lojas de vestuário, calçados e acessórios, com 28,8% (R$ 20,07 bilhões), e os estabelecimentos que comercializam artigos de uso pessoal e doméstico, com 11,7% (R$ 8,16 bilhões).

“O comportamento atual do consumidor tem contribuído para a elevação das vendas no fim do ano. No entanto, os impactos do aperto monetário iniciado pelo Banco Central em setembro já são perceptíveis, o que justifica o ritmo mais moderado de crescimento em relação ao ano passado, quando registramos uma alta de 5,6%”, explicou José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac.

O cenário também impacta negativamente a geração de empregos temporários. A CNC estima que 98,1 mil trabalhadores sejam contratados para atender à demanda do Natal, um número 2,3 mil menor do que em 2023.

“Embora o número seja inferior ao do ano passado, quando mais de 100 mil temporários foram contratados, isso reflete o aumento da força de trabalho ao longo do ano, com a criação de mais de 240 mil vagas, equivalente a um crescimento de 3% no quadro de funcionários das empresas”, afirmou Fábio Bentes, economista-chefe da CNC. Ele acrescentou que, para 2025, a expectativa é de que aproximadamente 8 mil desses temporários sejam efetivados.

Além disso, a desvalorização cambial deverá pressionar os preços de produtos natalinos, com um aumento médio de 5,8%, segundo o IPCA-15 acumulado em 12 meses até dezembro. Produtos como livros (12,0%), itens para cuidados com a pele (9,5%) e alimentos (8,3%) devem sofrer maiores altas. Em contrapartida, presentes como bicicletas (-6,2%), aparelhos telefônicos (-5,5%) e brinquedos (-3,5%) deverão registrar queda nos preços.

Entre os estados, São Paulo (R$ 20,96 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bilhões) concentrarão mais de 55% da movimentação financeira. Já Paraná e Bahia são destaques no crescimento das vendas, com projeções de alta de 5,1% e 3,6%, respectivamente.

Fonte: Rafael Cardoso – Repórter da Agência Brasil

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