Delegação brasileira aguarda liberação de vistos para Assembleia da ONU em Nova York

Publicado em 16/09/2025 às 08:55

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Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

A uma semana do início da 80ª Assembleia Geral da ONU, parte da delegação brasileira ainda espera a concessão de vistos para entrar nos Estados Unidos. O evento será realizado entre os dias 22 e 26 de setembro, em Nova York, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará o discurso de abertura no dia 23 – tradição que cabe ao Brasil desde 1947.
Segundo o diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, ministro Marcelo Marotta Viegas, a situação está em análise:
“A gente tem indicação do governo americano que os vistos que ainda não foram concedidos estão em vias de processamento. Não tem como especular sobre qual vai ser o resultado desse processamento”, disse nesta segunda-feira (15).
O visto de Lula já está garantido, mas outros integrantes da comitiva, especialmente aqueles que nunca estiveram nos EUA, aguardam autorização.
Na semana passada, a Associated Press (AP) noticiou ter tido acesso a um memorando do Departamento de Estado norte-americano, durante o governo Trump, que sugeria restrições a delegações do Brasil, Irã, Sudão e Zimbábue. O suposto bloqueio estaria relacionado às críticas de Donald Trump à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
O Itamaraty lembra que, como país sede da ONU, os EUA são legalmente obrigados a garantir vistos para as delegações estrangeiras. “Qualquer medida em desacordo com esse compromisso configura violação, embora isso não signifique que não possa ocorrer. Ainda assim, não há razão para acreditar que os EUA descumprirão suas obrigações”, reforçou Viegas.
Vistos palestinos
O impasse ocorre em meio a outra polêmica: em agosto, os EUA revogaram os vistos da Autoridade Palestina (AP) e de seu presidente, Mahmoud Abbas. A medida foi justificada por Washington com acusações de associação ao terrorismo, no contexto do conflito com Israel.
A suspensão foi discutida recentemente em um comitê da ONU. Embora não seja Estado-membro, a Palestina possui status de Estado observador, o que, em tese, lhe assegura acesso a vistos. A delegação brasileira participou da reunião e manifestou preocupação com o descumprimento do acordo entre a ONU e os EUA.
Na Assembleia deste mês, existe a expectativa de que países europeus, como França e Reino Unido, oficializem o reconhecimento da Palestina como Estado – posição defendida por 147 países, incluindo o Brasil. Já Estados Unidos e Israel mantêm oposição à medida.

Fonte: Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil

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