Produção de morango cresce no Espírito Santo e movimenta R$ 396 milhões em 2024
Publicado em 29/07/2025 às 09:47
Foto: Freepik
A crescente popularidade do chamado “morango do amor” — fruto de grande porte, aparência atrativa e forte apelo comercial — tem impulsionado a visibilidade da cadeia produtiva do morango no Espírito Santo. Por trás da estética e da demanda do mercado, o Estado apresenta desempenho expressivo na produção da fruta, ocupando posição de destaque no cenário nacional.
De acordo com dados da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), com base em pesquisas do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o Espírito Santo colheu 32.884 toneladas de morango em 2024. O número representa um crescimento de 5,4% em relação ao ano anterior.
Atualmente, o cultivo ocupa 297 hectares em cerca de 15 municípios. Santa Maria de Jetibá lidera a produção, com 25.800 toneladas — o equivalente a mais de 78% do total estadual. Na sequência estão Domingos Martins (3.375 toneladas) e Venda Nova do Imigrante (1.800 toneladas).
Para o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, o bom desempenho da fruticultura capixaba é resultado do trabalho dos produtores e das políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar.
“O morango movimentou cerca de R$ 396,4 milhões em renda rural no último ano e se consolidou como um dos principais produtos da fruticultura capixaba. Isso mostra o potencial da agricultura familiar quando há investimento em assistência técnica, crédito e acesso a tecnologias”, destacou.
Com produtividade média acima de 110 toneladas por hectare — uma das mais altas do país —, o Espírito Santo se destaca especialmente nas regiões de montanha, onde as condições climáticas favorecem a qualidade do fruto.
Inovação no campo
Um dos fatores que contribuem para o avanço da produção é a adoção do sistema de plantio semihidropônico, que vem ganhando espaço entre os produtores. Nesse modelo, as plantas são cultivadas sobre bancadas elevadas com uso de substratos e fertirrigação, dispensando o solo. A tecnologia reduz o esforço físico do agricultor, aumenta a eficiência do manejo e permite múltiplas safras com as mesmas mudas, elevando a produtividade.
Gastronomia e turismo rural
Além do cultivo tradicional, o morango capixaba já conquistou espaço em festivais gastronômicos e no turismo rural, fortalecendo a relação entre campo e cidade. A produção também se diversifica com a venda de derivados, como geleias e doces, ampliando as oportunidades de renda e agregando valor ao produto.
A expectativa da Seag é que a cultura continue em expansão, fortalecendo cadeias locais e regionais e consolidando o morango como um dos símbolos da agricultura capixaba.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Seag