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Onde foi parar a educação?

Publicado em 01/07/2022 às 08:48

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Em conversa recente com amiga da época de intercâmbio que fiz ao exterior, onde passei 10 meses estudando inglês, amizade reativada após mais de década de silêncio, fui provocado por ela que me disse que as pessoas estariam desaprendendo a se comunicar, e que ser cordial seria raro. Isto lhe chamou a atenção, pois sempre que, via e-mail, nossa maior comunicação, ela me agradece com “obrigada”, lhe respondo com “do nada!”.

Isto me fez lembrar de um caso recente em que atendi aqui na Defensoria de Breves, quando, após suado e improvável acordo, ele acabou saindo com relação à guarda e alimentos.

O pai mora em outro Estado, era devedor de pensão alimentícia aos filhos e tinha mandado de prisão em aberto. Estava com viagem de barco marcada para as 12 hrs, e, às 11h10, nada de acordo ainda. Entretanto, com a ajuda do meu assessor, resgatamos o termo de acordo anterior, que estava em computador funcional utilizado por ex-assessora que não mais trabalhava conosco, o que me facilitou ter as informações de qualificação dos pais e dos filhos envolvidos, dois deles já maiores de idade que estariam assinando exoneração de alimentos dali em diante. Cabe ressaltar que este acordo, como ressaltado no parágrafo anterior, também envolveu a guarda unilateral da filha menor de idade dali em diante.

O acordo foi feito com o pai pagando parte da dívida, os filhos maiores e a mãe, representando o filho menor, renunciando à outra parte, esta relativa ao valor atrasado.

Entretanto, me chamou muita atenção quando, após assinar o acordo, o pai saiu da minha sala, para pegar o barco, sem dar um beijo ou um até logo para a filha, isso depois de mais de 20 (vinte) anos de convívio diário com ela, antes de se separar de sua ex-mulher.

Voltando à provocação da minha amiga, parece-me que, no mundo atual, reduzido em caracteres através da comunicação através das redes sociais, esta promoveu também a liquidez dos sentimentos e, o mais triste, da educação.

A leitura de um livro hoje, entre todos, principalmente os jovens, se tornou uma exceção, já que as redes sociais e as “séries” de canais, tais como Netflix, AppleTV e outros, ocupam o tempo das pessoas, que, parecem não atentar para a perda de suas essências.

Concluindo, tomara Deus que haja um equilíbrio entre os avanços da tecnologia e do mundo moderno, que reaproximou pessoas como eu e minha amiga, e os valores do passado, ligados à educação, ao caráter e a gentileza, esta é a minha esperança e o meu desejo.

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