Verão 2026 no Brasil será mais quente e irregular

Publicado em 21/12/2025 às 11:24

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O verão 2026 começa oficialmente, neste domingo (21), e se estende até 21 de março de 2026. A estação, tradicionalmente marcada por calor intenso e chuvas frequentes, terá neste ciclo um comportamento diferente do habitual. Sem a influência direta de El Niño ou La Niña na maior parte do período, o clima será fortemente impactado pela atuação mais intensa do sistema de alta pressão conhecido como ASAS.

No Brasil, o verão costuma ser a estação mais chuvosa do ano, com pancadas concentradas principalmente entre a tarde e a noite, além de dias quentes e abafados. No entanto, para o verão 2025/2026, os modelos climáticos indicam que a chuva será mais irregular, com períodos de calor persistente e intervalos prolongados sem precipitação em várias regiões.

O solstício de verão ocorre às 12h03 do dia 21 de dezembro de 2025, pelo horário de Brasília. Até o fim de janeiro de 2026, o episódio de La Niña que atuou na primavera deve perder força, colocando o Oceano Pacífico Equatorial em condição de neutralidade climática durante a maior parte do verão.

Apesar disso, um fator específico ganha protagonismo neste ciclo: as temperaturas do Oceano Atlântico Sul, combinadas com padrões térmicos no Pacífico Sul e no Índico Sul, favorecem uma atuação mais frequente e intensa da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) sobre o interior do Brasil. Esse sistema será o principal modulador das temperaturas e do regime de chuvas no país ao longo da estação.

Com o ASAS mais presente, o verão tende a ser mais quente que o normal, com maior ocorrência de veranicos — períodos prolongados de calor e pouca chuva — e até episódios de ondas de calor. Sistemas de alta pressão reduzem a nebulosidade e dificultam a formação de áreas de instabilidade, o que compromete a regularidade das chuvas.

Quando o ASAS avança sobre o continente, a chuva típica de verão passa a ocorrer de forma muito localizada. Pode chover forte em um ponto e quase nada em áreas vizinhas, o que dificulta a recomposição dos níveis de reservatórios de água e de energia. Além disso, o aumento dos dias quentes eleva o consumo desses recursos.

Janeiro e fevereiro devem concentrar a maior irregularidade das precipitações. Em março, a expectativa é de chuvas mais frequentes e volumes mais próximos ou até acima da média em algumas regiões. Ainda assim, fenômenos de escala intramensal, como a Oscilação Madden-Julian e a Oscilação Antártica, podem provocar variações pontuais ao longo da estação.

Segundo análises da Climatempo, o acumulado de chuva no verão 2025/2026 tende a ficar abaixo da média em grande parte do Brasil. As maiores deficiências são esperadas no litoral norte, entre o Pará e o Ceará, além de áreas do interior do Maranhão e do Piauí. Por outro lado, o volume de chuva pode ficar próximo ou acima do normal no norte do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, no sul e leste de São Paulo, no Sul de Minas, na Zona da Mata Mineira e no sul do Rio de Janeiro.

Capitais como Florianópolis, Curitiba e São Paulo têm previsão de chuva acima da média para a estação. Também são esperados volumes mais elevados em estados da Região Norte, como Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima e no norte do Amapá.

Em relação às temperaturas, a tendência é de um verão mais quente do que o normal em praticamente todo o país. A combinação entre menos chuva, maior incidência solar — especialmente em janeiro — e a atuação do ASAS favorece a elevação das temperaturas médias. Veranicos devem ser frequentes, principalmente no Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste.

No Sul do Brasil e nas áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, o calor pode ser mais intenso em determinados períodos, com condições favoráveis à formação de ondas de calor.

A Alta Subtropical do Atlântico Sul é um sistema atmosférico permanente, localizado entre o Brasil e a África, que influencia o clima brasileiro ao longo de todo o ano. Quando se intensifica e se desloca em direção ao continente, pode bloquear frentes frias, reduzir a umidade do ar e provocar longos períodos de calor e escassez de chuva, características que devem marcar o verão 2026 em grande parte do país.

Fonte: Climatempo

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