Saiba como evitar a disseminação da raiva animal

Publicado em 27/09/2024 às 15:09

Compartilhe

Exame raiva

Foto: reprodução/Idaf. Texto: Francine Castro

Por ocasião do Dia Mundial Contra a Raiva, em 28 de setembro, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) alerta para a relevância da vacinação do rebanho contra a doença. A raiva pode acometer todos os mamíferos – inclusive os seres humanos – e tem evolução fatal. Por essa razão, a vacinação é a principal forma de prevenir a disseminação dessa doença viral.

O coordenador do Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros no Idaf, Luiz Carlos Barboza Tavares, explica que a raiva tem um comportamento cíclico, por isso, é essencial que os produtores rurais mantenham a atenção, mesmo quando não há casos registrados da doença na região. “ Como a vacinação não é obrigatória, alguns produtores deixam de vacinar seus animais em determinados períodos, o que leva ao aumento de casos. A partir da incidência, a preocupação retorna e o índice de vacinação aumenta, reduzindo novamente os casos. É importante manter a vacinação anual para interromper a ocorrência da doença nos rebanhos”, explicou Tavares.

Nos herbívoros, a raiva é transmitida, principalmente, pelos morcegos hematófagos (que se nutrem de sangue). Por isso, o Idaf desenvolve também um trabalho de controle desses morcegos, atuando em locais como grutas e furnas onde eles possam se abrigar e em currais onde eles atacam os animais para se alimentar. Em casos de suspeita da doença ou ataques de morcegos na propriedade, é preciso comunicar imediatamente ao Idaf pelo e-Sisbravet, clicando aqui.

Laboratório de diagnóstico

O Idaf, que acompanha os casos com suspeita de raiva realizando o exame para confirmação da doença, conta com o único laboratório no Espírito Santo que faz esse tipo de diagnóstico. Os exames são gratuitos, podem ser solicitados por todos os municípios capixabas e permitem identificar os locais com incidência da doença e sua intensidade para que, assim, os órgãos responsáveis tenham condições de direcionar as ações de vigilância e controle.

Em 2023, o Idaf analisou 548 amostras de raiva, sendo 79 (14,4%) com resultado positivo. Este ano, até o momento, foram 336 amostras analisadas, com 47 casos positivos, sendo 29 (61,7%) em animais de produção (bovinos e equinos) e 18 (38,3%) em morcegos.

Sintomas da raiva

Por ser uma doença que afeta o sistema nervoso central, os animais acometidos desenvolvem sintomas neurológicos. Dessa forma, é preciso ficar atento aos animais que apresentem alteração de comportamento, perda de apetite, salivação intensa, falta de coordenação dos movimentos e paralisia. Em cães e gatos também é comum observar agressividade quando doentes.

Ao observar esses sinais, não tente manipular os animais e comunique imediatamente aos órgãos de vigilância no município.

Veja também

doador de sangue

Junho Vermelho: mês dedicado ao Doador Voluntário de Sangue reforça importância da solidariedade que salva vidas

oculos pelo sus

Região Central de Saúde realiza 4ª ação para medição e entrega gratuita de óculos a usuários do SUS

tecnologia verde

Tecnologia verde promete reduzir calor em instalações rurais e aumentar produtividade no campo

marcelo santos

Marcelo Santos reúne mais de mil pessoas em prestação de contas

Degustação cafés

Maior evento de Indicações Geográficas do Brasil, Connection tem crescimento de 92,5% em participações

padre patrick fernandes

Padre Patrick Fernandes estará em Afonso Cláudio nesta terça-feira

Procon nas Escolas

Mais de 800 alunos da Rede Pública Estadual de Ensino já foram contemplados pelo projeto Procon nas Escolas

CAR

Espírito Santo é destaque em estudo com radiografia do Cadastro Ambiental Rural