Polícia Militar apreende 13 motocicletas clonadas em Domingos Martins e Marechal Floriano
Publicado em 09/05/2025 às 17:37

Texto: Bruno Caetano / Fotos: Polícia Militar
A 6ª Companhia Independente da Polícia Militar deflagrou, durante toda a semana, a Operação Loki, com o objetivo de identificar e apreender motocicletas com sinais identificadores adulterados, os chamados veículos clonados. Até o momento, a ação resultou na recuperação de 13 motos irregulares em Domingos Martins e Marechal Floriano. Os veículos já foram encaminhados a pátios credenciados para os procedimentos legais.
Segundo o comandante da 6ª Cia, o major Waldemar Abeldt Junior, a operação teve inicio após o recebimento de denúncias anônimas e colaboração da própria comunidade. Ele ressaltou que qualquer informação pode ser repassadas às forças policiais, por meio do Disque-Denúncia (181), e o cidadão não precisa se identificar.

Conforme explicou o oficial, esse tipo de prática criminosa tem se tornado frequente na região. “É importante que qualquer cidadão, seja da zona rural ou urbana, se cerque de informações antes de adquirir um veículo. A orientação é procurar um despachante de confiança, o Detran ou até mesmo a Polícia Militar, para verificar se o bem é regular”, destacou o comandante.
Boa parte das motocicletas apreendidas, conforme apontam os levantamentos iniciais, tem origem no Espírito Santo. No entanto, também foram encontrados veículos clonados vindos de outros estados. Em muitos casos, os criminosos adulteram os números de chassi e motor, que costumam estar raspados ou substituídos por identificadores falsificados.
Em um dos episódios investigados, uma motocicleta clonada foi encontrada circulando em um município, enquanto o veículo original permanecia guardado na garagem de seu verdadeiro dono, em outra cidade. “O veículo era idêntico em todos os aspectos. Foi necessário o uso de técnicas especializadas para constatar a adulteração”, relatou o major.
As fiscalizações seguem em andamento, com o apoio da comunidade. De acordo com o comandante, novas denúncias estão sendo apuradas, e a colaboração da população continua sendo fundamental para o sucesso das investigações.
Em relação às apreensões, somente após a perícia técnica da Polícia Civil será possível identificar os legítimos proprietários dos veículos apreendidos, muitos dos quais são, possivelmente, produtos de furto ou roubo.
Vale lembrar que adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento é crime, previsto no artigo 311 do Código Penal Brasileiro. A pena é de reclusão de três a seis anos, além de multa.