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Perigos para a saúde auditiva das crianças

Publicado em 11/05/2017 às 19:19

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Estima-se que 16% da população sofra com alguma forma de perda auditiva, destes, apenas 30% são idosos. Partindo deste viés, fica nítida a importância de cuidar da saúde auditiva desde cedo, mais precisamente desde o nascimento.

Enquanto o bebê ainda estiver na maternidade deve-se realizar o teste de triagem neonatal auditiva, popularmente conhecido como teste da orelhinha. O exame é gratuito e obrigatório por lei desde 2010. Trata-se de um procedimento simples e rápido, realizado entre o segundo e o terceiro dia de vida para detectar precocemente algum grau de surdez.

Segundo a fonoaudióloga, Katya Freire, especialista em audiologia, com atuação no Children’s Hospital de San Diego, na Califórnia, na hora de amamentar, jamais deixe o bebê na posição deitada, especialmente se ele for tomar mamadeira. Esta posição propicia a presença de líquidos numa parte do sistema auditivo, chamada de orelha média e, pode acarretar em uma otite média. O correto é amamentar o bebê sentado ou em pé, uma vez que nos bebês a tuba auditiva, que faz a conexão da orelha média com nariz e garganta, está numa posição mais horizontalizada que a dos adultos, propiciando a entrada de líquidos quando deitado.

A otite média também pode ocorrer em virtude de complicações causadas por outras doenças como, dor de garganta, resfriados, gripes e alergias e, se for recorrente e mal curada, pode afetar as células auditivas da cóclea, ocasionando perdas auditivas permanentes. Portanto, ao notar qualquer indício de infecção no ouvido é indicado procurar um médico otorrinolaringologista, e seguir à risca o tratamento, porque a otite média é uma das principais causas de perda de audição na infância.

Perigo dentro de casa

A pressão sonora é a grande vilã da saúde auditiva, por isso, os pais precisam ter cuidado redobrado para evitar que as crianças sejam afetadas diretamente pelo excesso de níveis de pressão sonora.

Às vezes, a própria rotina da casa pode ser prejudicial para a audição infantil. Um hábito comum nos lares, mas que deve ser evitado, é utilizar aparelhos de som e televisores com volume alto. Também não é recomendado deixar crianças muito tempo próximas de aparelhos domésticos ruidosos como secador de cabelo, aspirador de pó e liquidificador. Até mesmo um objeto de distração, como um brinquedo que emite sons acima do aceitável, é um fator que pode contribuir com a perda auditiva.

Afim de certificar a segurança dos brinquedos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determina que um brinquedo com ruído contínuo não pode exceder os 85 decibéis. Uma maneira de assegurar que o brinquedo está dentro dos padrões estabelecidos é verificar se possui o selo do Inmetro, uma indicação de que o produto passou por averiguação dos níveis sonoros.

“Quanto maior o nível de pressão sonora, menor é o tempo de exposição permitido para que não haja danos na audição. Por exemplo, se um brinquedo emitir ruídos de 100 decibéis, o aconselhável é que a criança brinque por no máximo 15 minutos”, esclarece a fonoaudióloga.

Proteja o seu artista

Que pai e mãe não tem orgulho do talento dos filhos? Crianças com dom para cantar ou tocar um instrumento musical devem ser incentivadas, mas a família tem que acompanhar de perto os cuidados com a audição destes talentos mirins.

Para proteger os pequenos artistas da música da perda auditiva induzida pelo ruído, durante ensaios e shows, é necessário ficar de olho nos níveis de pressão sonora que estão expostos. Para isso, se torna indispensável o uso de protetores auditivos com filtro ou monitores in ears específicos com isolamento acústico, dependendo do tamanho do conduto auditivo. “Outra estratégia, por exemplo, é fazer intervalos de 30 minutos entre as exposições a ruídos, durante um ensaio”, explica Katya.

Katya alerta os pais para ficarem atentos caso os filhos apresentem queixas comuns entre os músicos como, zumbido, sensação de plenitude auricular e pressão no ouvido. “A perda de audição em crianças pode afetar o seu desenvolvimento, dificultando a aquisição da linguagem oral e a capacidade de aprendizagem. E vale ressaltar que a deficiência auditiva, na maioria das vezes, começa de forma progressiva, mas pode se tornar irreversível, por isso, é preciso prevenir e jamais descuidar dos sintomas”, enfatiza a especialista em audiologia.

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