O combate ao pó preto no Espírito Santo contará com monitoramento em tempo real

Publicado em 02/04/2025 às 13:15

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Foto: Julio Huber

A luta contra a poluição atmosférica em municípios que integram a Grande Vitória, no Espírito Santo, está prestes a ganhar um aliado poderoso. O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) anunciou que, a partir do segundo semestre deste ano, iniciará um monitoramento contínuo e em tempo real da Poeira Sedimentável (PS), popularmente conhecida como pó preto. Essa tecnologia promete transformar a fiscalização ambiental, garantindo ações mais rápidas e eficazes para reduzir os impactos na qualidade do ar.

A novidade foi revelada durante reunião da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Fabrício Gandini (PSD). Segundo ele, essa inovação representa um grande avanço na gestão ambiental capixaba.

“Atualmente, quando ocorre um aumento na concentração do pó preto, precisamos esperar até 40 dias para ter um diagnóstico preciso. Com esse monitoramento automatizado, poderemos intervir no exato momento em que houver um pico de emissão. Isso muda completamente o jogo da fiscalização ambiental”, afirmou Gandini.

Foto: Lucas Costa/Assembleia Legislativa

A gerente de Licenciamento do Iema, Delanie Tienne, destacou que a iniciativa utilizará tecnologia de ponta. Após dois anos de testes fracassados com equipamentos de uma empresa francesa, a solução foi encontrada em uma empresa capixaba, a EcoSoft. “Com essa nova tecnologia, teremos dados atualizados de hora em hora, permitindo reações imediatas das autoridades”, explicou Delanie.

O monitoramento será viabilizado por equipamentos adquiridos tanto pelo setor público quanto pelas empresas. Para o ambientalista Eraylton Moreschi, da Associação Juntos SOS ES Ambiental, essa é uma medida essencial. “Apesar dos investimentos bilionários da Vale e da ArcelorMittal, o pó preto continua sendo um problema crítico. Precisamos identificar a origem desse material e agir rapidamente para conter seus efeitos”, alertou.

Meta de qualidade do ar e redução de limites

Além do monitoramento, Gandini defende uma redução no limite máximo de deposição de poeira sedimentável, passando dos atuais 14 g/m² para 10 g/m². “Se aprovado, esse novo padrão representará um grande salto na melhoria da qualidade do ar para a população”, argumentou o deputado.

A discussão ocorre no contexto da fiscalização dos Termos de Compromisso Ambiental (TCAs) firmados em 2018 com as principais empresas poluidoras da região. Embora medidas como enclausuramento, barreiras de vento (windfences) e canhões de névoa estejam sendo implementadas, a poeira sedimentável segue afetando a população, exigindo soluções mais eficazes e imediatas.

Com a implantação do monitoramento automático, a expectativa é que o combate à poluição atmosférica na Grande Vitória entre em uma nova era, garantindo uma fiscalização mais rigorosa e a melhoria na qualidade de vida dos capixabas.

Fonte: Assessoria do deputado Fabrício Gandini

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