Manifestação paralisou a BR-262 em Marechal Floriano, na manhã desta sexta-feira (25)
Publicado em 25/05/2018 às 11:10
Vans, ônibus escolares vazios, carros de passeio e motocicletas formaram duas filas de mais de um quilômetro cada na Rodovia BR-262, em Alto Marechal, sede de Marechal Floriano. A paralisação, no km 45, faz parte, segundo quatro homens que a coordenaram, do sistema que acontece em nível nacional, iniciado pelos caminhoneiros.
O objetivo, segundo os coordenadores do movimento, Marcos Chequer Soares, João Ricardo Costa, Alessandro Gomes e Ricardo Santos, que fecharam a pista da BR-262 em Alto Marechal, atravessando os seus veículos na pista, é semelhante ao que ocorre em todo o País.
“Não são somente os caminhões ou carretas que dependem de combustíveis. Temos carros que somente saem da garagem, abastecidos com gasolina”, argumentam os quatro coordenadores do movimento em Marechal Floriano, afirmando que a população está revoltada com a atual situação de preços. “Alguma coisa alguém tem de fazer”, comentaram.

A paralisação na rodovia federal nesta cidade foi iniciada às 7 horas, e 50 minutos após, foi aberta no sistema pare e siga. Vários policiais militares com viaturas utilizadas em Marechal Floriano e Domingos Martins estiveram no local, objetivando promover a segurança dos envolvidos e viajantes. Nenhum incidente foi registrado.
A rodovia seria fechada novamente às 8 horas para todos os veículos, conforme informações dos coordenadores. “Não devemos nos preocupar com os tipos de veículos. Na pista não há caminhões ou carretas porque as paralisações nacionais já se encarregaram de tirá-los”, disseram.
Algumas pessoas, como a coordenadora do Procon de Domingos Martins, Josinete de Sá Barcelos, estavam aborrecidas com a paralisação da BR-262 na manhã desta sexta-feira (25). “Apoiamos de forma geral as paralisações dos caminhoneiros, mas nós necessitamos dos nossos carros para seguir até o local de trabalho. Tenho de ir para Campinho a serviço e estou presa aqui na pista, não dá para entender”, disse.
Outro aborrecido com a situação era o vendedor Jorge Caldas que veio de Vitória no seu carro e ficou retido na fila em Marechal Floriano. “Por onde passei até agora, e o que vi pela televisão, são os caminhoneiros do Brasil que paralisaram as vias federais e estaduais”.
Favorável à paralisação era Manoel Aquino, professor em Manhuaçu, MG. Ele disse que em outros trechos não teve como demonstrar a sua revolta contra o sistema nacional de administração e valores de combustíveis. “Mas aqui foi diferente: eu disse para os coordenadores que apoiava integralmente a situação, independente de não ser caminhoneiro”.