Mais de 500 católicos nesse domingo (27) lamentam e rezam pelos mortos em Brumadinho MG
Publicado em 27/01/2019 às 09:00


A missa deste domingo (27), como sempre, foi reservada para os cânticos, orações e solicitações diversas ligadas à religiosidade, mas a tragédia das represas de Brumadinho, Minas Gerais, que aconteceu nesta sexta-feira (25), e deixou um número ainda desconhecido de vítimas fatais foi um dos assuntos mais comentados.
O padre Marcos Brito, pároco da Paróquia de Sant’Ana, aproveitou vários momentos da celebração para destacar o que todos mencionam: nada mais correto que comparar a ocorrência com uma tragédia anunciada, e que poderá se repetir a qualquer momento em outros locais, como já aconteceu anteriormente.
“A ganância acontece acima de todos os desejos por determinadas pessoas, mas Deus terá compaixão dos pobres sofredores que são os familiares das vítimas trabalhadoras que foram soterradas num mar de lama que se estabeleceu naquela região após o estouro da primeira e em seguida mais duas represas”, disse o padre.
O padre comentou ainda que famílias inteiras desapareceram por conta dos gananciosos, mas a força de Deus é maior e Ele será solidário como sempre foi. Na abertura da celebração do 3º Domingo do Tempo Comum foi cantado o hino “Senhor Tende Piedade de Nós”, entre 14 outros cânticos ao longo do período da missa.
Ele mencionou a importância de ‘ser e viver’ ressaltando que Jesus viveu e nos concedeu a vida e temos por isso que fazer a vontade de Deus. “O batismo é bem claro quando demonstra que somos criação de Deus e do amor a ele e a todos, como a nossa mais importante razão para viver”.
Para o ferroviário aposentado, José Moacyr Borgo, as palavras sábias do padre Marcos Brito demonstram que os passos que temos de dar sempre serão ao lado de Deus. “Todos deveríamos pensar como o padre falou: uma tragédia anunciada que se repetiu, e poderá se repetir mais vezes”, disse.
O motorista Antônio Pianzoli Sobrinho, comentou que a parte religiosa da missa quando o padre Marcos mencionou sobre a importância de ‘ser e viver’ foi preciosa. “Mas as explicações sobre a tragédia seria necessário que os responsáveis ouvissem a opinião dele: a vida é preciosa e não podemos perdê-la por erros dos outros”, disse Pianzoli.