Juventude do Brics debate desafios do mercado de trabalho e da inteligência artificial
Publicado em 11/06/2025 às 13:22

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Os desafios enfrentados pelos jovens para ingressar no mercado de trabalho, especialmente diante da precarização das relações laborais e da crescente presença da inteligência artificial, foram temas centrais na 11ª Cúpula da Juventude do Brics, realizada em Brasília até esta terça-feira (10). Representantes dos 11 países que compõem o bloco participaram do evento.
“O principal ponto de convergência entre os países foi a criação de espaços de cooperação, tanto bilaterais quanto no âmbito do Brics, frente à inteligência artificial e à automação industrial”, destacou o secretário nacional de Juventude, Ronald Sorriso.
Segundo ele, um dos avanços mais importantes da cúpula foi o entendimento mútuo sobre a necessidade de cooperação, mesmo com as diferenças nas realidades sociais e econômicas dos países membros. “É importante destacar que são raros os encontros que resultam em um documento como o memorando de entendimento”, afirmou Sorriso.
O documento citado ainda não foi divulgado, pois passará por processo de tradução e assinatura por todos os países membros. Apesar dos avanços, temas como igualdade de gênero ainda enfrentam barreiras, dada a diversidade cultural entre as nações do grupo.
Energia em pauta
Paralelamente à cúpula da juventude, também foi realizada a 7ª Cúpula de Energia Jovem do Brics, com a participação de mais de 100 pessoas, entre jovens delegados, representantes de ministérios, instituições acadêmicas e empresas do setor energético.
Um dos destaques do encontro foi a apresentação preliminar do Brics Youth Energy Outlook — relatório produzido por mais de 50 jovens pesquisadores dos países do bloco. O documento analisa os principais desafios energéticos atuais, como o desenvolvimento de sistemas de baixa emissão de carbono, a busca por combustíveis sustentáveis, o acesso à energia e a gestão de recursos minerais críticos.
Expansão do Brics
O Brics, originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se nos últimos anos. Em 2023, foram integrados como membros permanentes o Irã, a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia e os Emirados Árabes Unidos. Em 2024, a Indonésia também passou a fazer parte do grupo como membro pleno.
Além disso, em 2025, o bloco lançou a categoria de membros parceiros, incluindo nove novos países: Belarus, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
Fonte: Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil