Hospital Padre Máximo recebe maior certificação de organização nacional

Publicado em 04/07/2025 às 08:19

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Fotos: Wanda Ferreira, Jean Davies e Divulgação/HPM

O Hospital Padre Máximo (HPM), de Venda Nova do Imigrante, alcançou um marco importante em sua história: a certificação ONA 3 – Nível Excelência, o mais alto reconhecimento concedido pela Organização Nacional de Acreditação.

Além de avaliar os critérios de segurança, gestão integrada dos processos e excelência em gestão, a certificação demonstra ciclos de melhorias e maturidade institucional. A instituição acreditadora que conduziu o processo de avaliação foi o Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES).

Com foco na segurança do paciente e melhoria contínua dos processos, a instituição passou por uma avaliação detalhada, através do IBES, que é uma Instituição Acreditadora Credenciada (IAC), e conta com uma equipe de avaliadores habilitada pela ONA. Eles buscaram evidências de conformidade com os padrões do Manual Brasileiro de Acreditação em 32 subseções, incluindo a gestão organizacional, a qualidade e a segurança na assistência prestada, bem como a demonstração da excelência em gestão, através de ciclos de melhorias e maturidade institucional.

De acordo com o Superintendente Técnico da ONA, Péricles Cruz, a certificação de uma organização de saúde através da acreditação é um reconhecimento de que a instituição atende aos rigorosos padrões que a metodologia exige. “A acreditação do Hospital Padre Máximo é válida por dois anos e será acompanhada por nossos avaliadores por meio de visitas periódicas de manutenção. O processo de acreditação é de caráter voluntário e educativo, não configurando uma fiscalização. No decorrer da avaliação todas as áreas da instituição são visitadas e mais de 1,7 mil requisitos verificados antes da homologação da acreditação”, explica.

O IBES considerou como pontos fortes do Hospital o gerenciamento dos resultados assistenciais, que é feito por meio do Diagnosis Related Groups (DRG); as ações de cuidado centrado nas pessoas; as iniciativas de humanização; o trabalho realizado na área de Hospitalidade e a visita estendida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Outros pontos de destaque foram o prontuário afetivo na UTI, o cartão do bebê na maternidade; o programa Sopro da Esperança para pacientes após extubação bem-sucedida; a musicoterapia; as boas práticas de sustentabilidade; a comunicação visual dos riscos assistenciais, dentre outras práticas de gestão, como por exemplo, o desdobramento do planejamento estratégico.

“Somos um hospital que nasceu da união da comunidade, e por isso, seguimos sendo fruto do voluntariado, do apoio das pessoas e empresas que juntas contribuem para seguirmos cuidando de vidas. É, com o apoio de cada voluntário, que podemos investir no processo de melhoria contínua. A essa comunidade que abraça o nosso HPM, muito obrigado”, ressaltou Cleto Venturim, presidente do Conselho de Administração do HPM. 

Segundo a diretora-geral do hospital, Esla Lessa, essa conquista não foi fácil, mas destaca que o sucesso foi construído sobre três pilares fundamentais: pertencimento, humanização e engajamento de toda a equipe. O HPM se tornou o terceiro hospital filantrópico do estado a receber o nível de excelência. Atualmente, o Estado do Espírito Santo possui 42 instituições acreditadas e, apenas três hospitais filantrópicos possuem nível 3.

Localizado na cidade de Venda Nova do Imigrante, o HPM tornou-se referência na Região Serrana do Estado, destacando-se pela assistência prestada, na qual mais de 90% dos atendimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, o Hospital Padre Máximo conta com 370 colaboradores e 60 médicos, oferecendo à população, que possui um pouco mais de 25 mil habitantes, 50 leitos SUS, 20 leitos de UTIs (sendo 19 públicos e um privado), 31 leitos privados, cinco leitos de atendimento de urgência (Sala Vermelha) e um leito de estabilização, destinados para atender pacientes em estado grave, no Pronto Socorro.

Além disso, dispõe de ambulatório de especialidade, realizando atendimentos eletivos em especialidades diversas como neurologia, cardiologia, ginecologia, ortopedia, dentre outros. Os leitos SUS são divididos em maternidade, clínica médica, cirurgia geral, cirurgia ginecológica, cirurgia ortopédica, saúde mental e pediatria.

INÍCIO – A história do Hospital Padre Máximo começou em 1959, quando a comunidade de Venda Nova do Imigrante enfrentava uma grande carência de atendimento médico. Diante dessa necessidade, o padre Cleto Caliman, junto às lideranças locais, decidiu criar uma instituição de saúde filantrópica. Com a doação de um terreno pela família Zandonadi e a participação voluntária dos moradores e empresários, foi erguido o primeiro pavimento do hospital.

Por quase seis décadas, a instituição enfrentou muitas dificuldades: recursos limitados, uma estrutura básica de atendimento, composta por uma unidade de internação, um centro cirúrgico com duas salas e uma maternidade pequena. Apesar dos obstáculos, o hospital permaneceu firme, atendendo à comunidade com dedicação.

NOVO CAPÍTULO – “Quando cheguei ao hospital, após uma análise detalhada da estrutura, dos fluxos e processos de trabalho, reuni toda a equipe para traçar uma nova direção. Nosso objetivo era transformar o HPM em referência de atendimento na região serrana. Porém, o grande desafio era realizar este sonho, essa necessidade, com recursos financeiros limitados”, lembra Esla.

Segundo a executiva, aos poucos, conseguiu implementar um movimento de cultura da qualidade no dia a dia dos colaboradores, criando estratégias e protocolos de atendimento focados na segurança do paciente. “Paralelamente, com o apoio de empresários, parceiros, apoiadores e instituição financeira local, começamos a modernizar o hospital. Uma fase de transformação marcada por muito esforço, dedicação e trabalho em equipe”, relembra.

VIRADA DE CHAVE – Durante a pandemia da Covid-19, os hospitais filantrópicos do Espírito Santo foram peças-chave para enfrentar a crise, proporcionando, muitas vezes, atendimento sem muita estrutura, mas sempre focados na segurança do paciente, como foi o caso do Hospital Padre Máximo.

Passada a pandemia, a Secretaria de Saúde do Estado, na época, decidiu implementar um novo modelo de contratualização com as instituições filantrópicas, onde 70% do pagamento dos serviços prestados era pago de forma fixa, vinculados à disponibilidade dos serviços contratualizados pelo hospital. Já os outros 30% passaram a ser vinculados ao cumprimento de indicadores e metas qualitativas e quantitativas.

“E para comprovar a qualidade dos trabalhos, o secretário de saúde, da época, estipulou que os hospitais classificados como estratégicos e estruturantes, que aderirem ao novo modelo de contratualização (a partir de 2022), teriam como uma das metas qualitativas, alcançar, em até 18 meses, pelo menos o nível 1 da acreditação ONA. O Hospital Padre Máximo estava classificado como Hospital de Apoio, não era obrigado, contratualmente, a conquistar essa certificação, mas optou por alcançá-la, assim como os hospitais maiores. Sem dúvida, foi uma grande oportunidade mais esse avanço para nosso hospital e um desafio para melhorar ainda mais a qualidade de nossos serviços”, explica.

E este novo modelo de contrato, relembra Esla, foi alcançado graças também ao papel fundamental da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado do Espírito Santo (FEHOFES) junto ao governo estadual ao defender a importância dos filantrópicos no atendimento emergencial, de urgência, especializado e de alta complexidade, focado na segurança do paciente.

OUSADIA – “Desde que cheguei aqui, sempre ressaltei para a equipe que não tínhamos recursos financeiros para buscar uma acreditação. Mas nada impedia de estudarmos e colocarmos em prática os protocolos de segurança e os requisitos do manual da ONA. Assim, quando tivéssemos condições financeiras, estaríamos preparados para enfrentar a acreditação. E foi desta forma que seguimos”, relembra.

Em novembro de 2023, o HPM conquistou sua primeira acreditação nível 1. E, após um ano e meio, o hospital foi acreditado com nível 3. “Hoje, está mais do que comprovado que todo esforço, a coordenação da equipe da Qualidade, o apoio dos colaboradores, da comunidade e dos empresários locais fizeram a diferença para chegarmos a esse patamar”, afirmou.

Para a gerente geral da ONA, Gilvane Lolato, toda a equipe do hospital provou que, com estratégias levadas a sério, muito engajamento e determinação, é possível realizar o impossível. “Em menos de um ano e meio, a instituição conseguiu passar do nível 1 para o nível de excelência. Estamos muito honrados em participar dessa grande conquista. Uma história que, com certeza, serve de exemplo para outros hospitais que buscam a acreditação”, afirmou.

Fonte: Assessoria HPM

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