Ferrovia aplica herbicida para acabar com o mato no centro de Marechal Floriano e causa polêmica
Publicado em 08/06/2018 às 11:00


Vestidos com equipamento de proteção individual (EPI) servidores da ferrovia que liga Vitória a Cachoeiro do Itapemirim estão aplicando herbicida ao longo da linha férrea para exterminar o mato que a invade. Na tarde de ontem (07), a equipe chegou a Marechal Floriano, onde pernoitou.
Os homens trabalham em um auto de linha com um tanque acoplado. Na manhã desta sexta-feira (08) eles deverão prosseguir a viagem passando em Estação de Domingos Martins e Viana, aplicando o herbicida. Antecedendo a chegada na antiga estação florianense, os homens com vestimentas para evitar contaminações, aplicaram o produto.
“No centro de Marechal Floriano nós capinamos toda a extensão da minha férrea e não há motivo algum para jorrar este produto herbicida no local onde os braçais trabalham”. A afirmação é do secretário municipal de Obras e Serviços Urbanos de Marechal Floriano, Antônio Malini.
Malini tomou conhecimento da situação na tarde de ontem em Marechal Floriano, onde considera desnecessária a aplicação do herbicida, já que uma equipe municipal de servidores periodicamente realiza a capina. “Não necessita disso porque a linha está ao lado de escolas, de passagem de nível e próxima a residências e nós capinamos em toda a extensão da cidade”.
O servidor público Jaime Boeno, confirmou que toda a extensão da linha no centro de Marechal Floriano é utilizada por toda a população durante o dia. “Ontem quando passou o auto de linha com o produto e os homens aplicando. Neste momento encerrava o dia letivo em uma escola infantil, localizada a menos de três metros da linha férrea. Imaginem!”.
“Evitar o surgimento de matagais na linha na atualidade é um serviço realizado pela prefeitura que mantém uma capina manual periódica”. Quem informa é o ferroviário aposentado Moacyr Borgo, que defende a capina manual para preservar a saúde. “Os funcionários usam os equipamentos de segurança e isso é sinal que não faz bem respirar o que aplicam”, disse.
O comerciante Cláudio Christ concorda com a limpeza periódica da linha, entretanto considera a aplicação de qualquer herbicida como uma atitude incorreta. “Ao lado da linha há uma pequena cidade formada por moradores de idades diversas, como outra qualquer. Impossível concordar com a aplicação, já que os próprios servidores da ferrovia, trabalham protegidos”.