Desmatamento no Espírito Santo cai mais de 60% em 2024, aponta relatório
Publicado em 21/05/2025 às 08:30

Foto: Arquivo Idaf
O Espírito Santo registrou uma queda superior a 60% nos índices de desmatamento em 2024, segundo o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD), divulgado na última quinta-feira (15) pela iniciativa MapBiomas Alerta. Foram desmatados 137 hectares (ha) no estado, contra 362 ha em 2023. O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), responsável pelas ações de política florestal, atribui a redução ao intenso trabalho de monitoramento e fiscalização para coibir práticas ilegais.
Para o diretor-geral do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, o Espírito Santo já se destaca nacionalmente pelo alto índice de resposta aos alertas do MapBiomas — e os resultados agora são visíveis. “Esses números refletem o comprometimento dos servidores do Idaf com a preservação dos nossos recursos naturais. Com a criação da Central de Monitoramento de Florestas (CMF/Idaf), inaugurada este ano, a expectativa é de resultados ainda mais positivos”, afirmou.
O gerente de Licenciamento e Controle Florestal do Idaf, Jésus Fernando Miranda Barbosa, ressalta a importância da ferramenta MapBiomas como aliada nas ações locais. “Os alertas nos permitem cruzar dados com os nossos sistemas internos, garantindo uma atuação mais ágil e precisa, o que contribui significativamente para a conservação florestal”, destacou.
Já o subgerente de Regularização Ambiental do Idaf, João Marcos Chipolesch, enfatiza que a CMF/Idaf fortalece o monitoramento em tempo real. “Com imagens diárias de cerca de 180 satélites e alertas constantes, conseguimos fiscalizar o desmatamento ilegal em todo o território capixaba, permitindo respostas rápidas, minimizando danos ambientais e identificando os responsáveis”, explicou.
Panorama nacional
O relatório também apontou queda no desmatamento em cinco dos seis biomas brasileiros em 2024: Pantanal, Pampa, Cerrado, Amazônia e Caatinga. A exceção foi a Mata Atlântica, que manteve níveis semelhantes aos de 2023, mesmo com os impactos de eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul.
Texto: Francine Castro/ Fonte: Assessoria de Comunicação do Idaf