Deputados cobram ação contra facções após morte de menina na Serra
Publicado em 26/08/2025 às 08:51
Marcelo cobrou ações do Congresso, integração entre Poderes e ações preventivas contra o crime / Foto: Paula Ferreira
A morte da menina Alice Rodrigues, de seis anos, baleada por criminosos no bairro Carapebus, na Serra, no último domingo (24), dominou a sessão ordinária da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (25). O crime gerou forte indignação entre os parlamentares, que cobraram medidas mais duras contra facções criminosas e defenderam maior integração entre os Poderes.
O presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (União), classificou o ataque como “terrorista” e disse que o tráfico deixou de atuar apenas no comércio de drogas.
“Esses grupos hoje já são donos de universidades, postos de combustíveis, hotéis, motéis, empresas de ônibus. Precisamos de uma política pública mais preventiva na segurança, com mais policiais e equipamentos para enfrentar os criminosos”, afirmou.
Parlamentares também prestaram homenagem à vítima com pedidos de minuto de silêncio logo na abertura da sessão.
O deputado Dary Pagung (PSB) defendeu punição exemplar:
“As forças de segurança prenderam os suspeitos, agora é preciso que o Judiciário dê penas duras”.
Na mesma linha, Fábio Duarte (Rede), morador de Serra, destacou que seis envolvidos já foram presos, mas reforçou a necessidade de Justiça mais rígida.
O deputado Alcântaro Filho (Republicanos) anunciou a coleta de assinaturas para abertura de uma CPI das Facções. Ele lembrou o assassinato recente da adolescente Sofia Vidal, de 15 anos, em Vila Velha:
“Não podemos deixar o Espírito Santo seguir o mesmo caminho do Rio de Janeiro. Quantas vidas mais serão perdidas para a guerra do tráfico?”.
Outros parlamentares também se manifestaram:
• Iriny Lopes (PT) pediu mais investimentos em prevenção e não apenas medidas punitivas;
• Delegado Danilo Bahiense (PL) cobrou reforço policial diante da ousadia dos criminosos;
• Alexandre Xambinho (Podemos) afirmou que o tráfico está entranhado em comunidades da Serra e que a resposta precisa ser “pesada”;
• Janete de Sá (PSB) defendeu uma força-tarefa envolvendo Executivo, Legislativo, Judiciário, forças de segurança e a Sedu.
O clima da sessão foi de consternação e pressão por respostas imediatas. Parlamentares alertaram para o risco de avanço das facções no Espírito Santo e pediram medidas que combinem prevenção, repressão e integração entre instituições.
Fonte: Ales