Demissão de diretor escolar gera protestos de pais e alunos em Afonso Cláudio

Publicado em 19/10/2024 às 10:02

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Texto: Bruno Caetano / Fotos: Divulgação

Pais e alunos Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Tempo Integral (CEEFMTI) Afonso Cláudio se mobilizaram, na última quarta-feira (16), em frente à Superintendência Regional de Educação, em Afonso Cláudio. O ato foi uma resposta ao afastamento do diretor Júlio César da Silva, uma decisão da Secretaria de Educação do Estado (SEDU), anunciada no dia 7 de outubro, um dia após as eleições municipais.

A decisão provocou reações entre os membros da comunidade escolar, que se uniram para solicitar a permanência do diretor, que ocupava o cargo há oito anos. A demissão do diretor ocorreu em meio à circulação de uma carta anônima entre a comunidade escolar, que criticava a gestão da escola. O documento menciona um suposto desmanche da estrutura escolar em 2016 e questionava a qualificação dos profissionais.

O diretor Júlio César negou as alegações contidas na carta anônima. Segundo ele, a escola não sofreu desmanches, mas passou por um processo de revitalização. “A carta relata acusações mentirosas, escritas por pessoas que se escondem no anonimato, com denúncias sem fundamentos e sem provas concretas contra a equipe gestora desta escola”, afirmou.

Júlio César também ressaltou o trabalho feito durante os oito anos no cargo. “Em nossa escola, oferecemos uma estrutura com qualidade em todos os sentidos. Seja no âmbito administrativo, pedagógico e estrutural, a educação é de qualidade e igualitária, independente de classes sociais”, completou.

Em resposta à situação, pais e alunos formaram um grupo nas redes sociais chamado “RESISTÊNCIA DA UNIÃO ESTUDANTIL”, para mobilizar apoio ao diretor afastado. Além disso, iniciaram um abaixo-assinado que já reuniu dezenas de assinaturas.

A situação gerou reações de pais de alunos da escola. Alini Silva, mãe de duas filhas com necessidades especiais que frequentam a instituição, manifestou apoio ao diretor, destacando o acolhimento que suas filhas receberam. “O que fazem contra o diretor Júlio é infundado”, disse Alini.

Patricia Giestas, mãe de uma aluna, expressou seu descontentamento com o afastamento, enfatizando a importância de Júlio na vida escolar de sua filha. “A saída do diretor vai causar danos tanto aos alunos quanto aos pais”, afirmou Patrícia.

A Secretaria de Estado da Educação, por sua vez, informou em nota, “que um processo seletivo foi aberto para a função de diretor escolar, conforme critérios técnicos estabelecidos pela Portaria 154-R de 17 de dezembro de 2020. Para o exercício da função de diretor, é necessário o cumprimento de critérios de mérito e desempenho, podendo a administração escolar ser alterada caso esses critérios não sejam atendidos”.

A coordenadora pedagógica da escola, Márcia de Souza Neves Secchin, apoiou as declarações de Júlio e criticou a decisão de afastá-lo. Segundo ela, a decisão ignora os resultados positivos da escola, como o crescimento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e a taxa de aprovação de alunos em instituições de ensino superior.

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