Conferência Global sobre Clima e Saúde é aberta em Brasília e reforça compromisso do Brasil com adaptação climática no setor

Publicado em 30/07/2025 às 08:22

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Foto: Walterson Rosa/MS

O Ministério da Saúde deu início, nesta terça-feira (29), à Conferência Global sobre Clima e Saúde, que acontece em Brasília até o dia 31 de julho. O evento internacional reúne representantes de governos, agências internacionais, especialistas e organizações da sociedade civil para discutir políticas de adaptação do setor saúde aos impactos das mudanças climáticas.

A conferência está alinhada ao Plano de Ação em Saúde de Belém – proposta brasileira que será apresentada na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro de 2025, em Belém (PA). A iniciativa busca fortalecer a preparação do sistema de saúde frente a eventos climáticos extremos, com foco na justiça climática, equidade em saúde e governança participativa.

“Vivemos um momento que não é apenas de urgência e emergência, mas de necessidade de mobilização para a transformação. Precisamos realizar um verdadeiro mutirão, porque nenhuma pessoa ou país, sozinho, conseguirá promover as mudanças necessárias”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na abertura do evento.

O Plano de Ação em Saúde de Belém foi desenhado para se tornar referência global na resposta a crises climáticas que afetam a saúde. Entre as prioridades estão o fortalecimento de sistemas de alerta precoce, a adoção de estratégias de adaptação nos territórios e o enfrentamento de desastres naturais. A adesão ao plano será voluntária para os Estados Membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

Durante a cerimônia de abertura, o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, reforçou o compromisso da entidade com a agenda climática. “A OPAS tem atuado junto aos países membros para desenvolver planos de adaptação à mudança do clima e está pronta para apoiar a implementação das políticas mencionadas, inclusive o Plano de Ação de Saúde de Belém”, destacou.

Já a CEO da COP30, Ana Toni, afirmou que o evento representa uma oportunidade de construir soluções concretas. “Sabemos dos riscos e das tragédias, mas queremos que a COP30 também seja um espaço de oportunidades — para mostrar como saúde e clima podem caminhar juntos”, disse.

A conferência é organizada em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a OPAS e a Aliança para Ação Transformadora sobre Clima e Saúde (ATACH), e conta com o apoio da Fundação Rockefeller, da Fundação Gates e da Wellcome Trust. A programação inclui sessões plenárias, oficinas, painéis, rodas de conversa e laboratórios de ideias (Idea Labs), voltados para a troca de experiências e apresentação de soluções inovadoras adotadas em diferentes países.

Rumo à COP30: planos nacionais e legado para a saúde pública

O Brasil apresentará na COP30, além do Plano de Ação em Saúde de Belém, outras duas iniciativas voltadas à adaptação do setor: o AdaptaSUS – plano nacional para resposta aos efeitos climáticos na saúde – e o Plano + Saúde para a Amazônia, que visa fortalecer a equidade e reduzir desigualdades regionais, respeitando as especificidades ambientais e culturais da Amazônia Legal.

O governo também trabalha para garantir legados estruturantes na saúde pública, com destaque para a ampliação da atenção básica, incluindo a construção de Unidades Básicas de Saúde em comunidades indígenas, e a melhoria do acesso a serviços especializados. Ações para monitoramento e controle da qualidade da água em Belém e no estado do Pará também estão previstas, priorizando a região Norte, que ainda enfrenta desafios no acesso à água potável.

A COP30 será realizada entre 10 e 21 de novembro de 2025 e marcará a primeira vez que a conferência global ocorrerá na Amazônia — território estratégico para a agenda climática e para a resiliência dos sistemas de saúde.

Fonte: Ministério da Saúde

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