Campanha nacional reforça testagem e prevenção das hepatites virais

Publicado em 09/07/2025 às 08:47

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Foto: Walterson Rosa/ MS

“Um teste pode mudar tudo”. Com esse tema, o Ministério da Saúde lançou, neste Julho Amarelo, uma campanha de conscientização sobre as hepatites virais. O objetivo é incentivar a testagem e o início precoce do tratamento, especialmente nos casos de hepatite B e C, além de destacar os avanços na redução da mortalidade causada pela doença no país.

De acordo com o novo Boletim Epidemiológico, o Brasil registrou, entre 2014 e 2024, uma queda de 50% nas mortes por hepatite B e de 60% por hepatite C. O resultado aproxima o país da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê a redução de 65% nos óbitos até 2030.

Outro destaque é a queda de 99,9% nos casos de hepatite A entre crianças menores de 10 anos, além da redução da transmissão vertical da hepatite B – com 55% de diminuição na detecção em gestantes e 38% entre menores de cinco anos.

    “Temos vacinas, testes e orientações claras disponíveis. Por isso, é fundamental reforçar a importância do diagnóstico precoce”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Plataforma inédita acompanha adesão ao tratamento

Uma das novidades anunciadas pelo governo é o lançamento de uma plataforma digital para monitorar, por estado e município, o número de pessoas diagnosticadas com hepatites B e C, quantas iniciaram o tratamento e o tempo médio de adesão. A ferramenta segue o modelo já utilizado com sucesso no enfrentamento do HIV.

Em 2024, 115,3 mil pessoas foram indicadas para tratamento da hepatite B. Dessas, 58,8 mil iniciaram o cuidado e 14,8 mil interromperam. Já em relação à hepatite C, 12,5 mil pacientes receberam indicação de tratamento, e 9,1 mil iniciaram a terapia. A meta é dobrar o número de pessoas em tratamento da hepatite B e atingir 80% de cobertura, conforme recomendado pela OMS.

Diagnóstico gratuito e tratamento eficaz

A testagem para hepatites virais é gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS), com opções de testes rápidos ou laboratoriais. A recomendação é que pessoas com mais de 20 anos realizem ao menos uma testagem na vida.

O tratamento da hepatite B está disponível no SUS com medicamentos como alfapeginterferona, tenofovir (nas versões desoproxila e alafenamida) e entecavir. Já a hepatite C é tratada com antivirais de ação direta (DAA), que alcançam taxas de cura superiores a 95%.

Vacinação segue como principal forma de prevenção

A vacinação continua sendo uma das principais estratégias de prevenção. Para a hepatite A, a dose é única e aplicada aos 15 meses. Para adultos com condições especiais, a vacina é oferecida em duas doses nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Já a vacina contra hepatite B segue o esquema de quatro doses na infância, sendo uma ao nascer e as demais aos 2, 4 e 6 meses de vida. Adultos não vacinados devem receber três doses.

Além da imunização, o Ministério reforça medidas como uso de preservativos, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos que tenham contato com sangue. Todos esses insumos estão disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde.

Vacina contra hepatite A para usuários da PrEP

Outra medida anunciada foi a ampliação da vacina contra hepatite A para os mais de 120 mil usuários da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) atendidos pelo SUS. A medida visa conter surtos na população adulta, diante da queda de casos entre crianças.

A imunização será feita com duas doses, com intervalo de seis meses. A aplicação será realizada nos serviços onde os usuários já recebem a PrEP, mediante apresentação da receita médica.

Desde a inclusão da vacina contra hepatite A no calendário vacinal, em 2014, os casos da doença despencaram 93%, caindo de 6.261, em 2013, para 437, em 2021. Entre crianças de 5 a 9 anos, a queda foi de 99,1%.

Municípios certificados e novo guia de enfrentamento

Como parte da estratégia nacional de eliminação das hepatites, o Ministério da Saúde lançou também o Guia de Eliminação das Hepatites Virais, que orienta estados e municípios sobre medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento. O documento prevê a concessão de selos de reconhecimento — Ouro, Prata e Bronze — para municípios que se destacam na resposta à doença. Até o momento, 18 cidades já foram certificadas.

    “Os dados do boletim e a nova campanha mostram que o Brasil está no caminho certo. A hepatite B ainda não tem cura, mas pode ser controlada com vacina e acompanhamento”, ressaltou Mariângela Simão, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente.

Fonte: Ministério da saúde

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