Aumenta o número de andarilhos na pracinha de Marechal Floriano
Publicado em 02/10/2018 às 10:59
A cada dia que passa aumenta o número de moradores de rua em Marechal Floriano: nesta manhã de terça-feira (02) há pelo menos 11 pessoas dos sexos masculino e feminino, sentados nas bancadas ou deitados no piso da Praça José Henrique Pereira. Eles passam o dia pedindo dinheiro aos moradores e visitantes da cidade. Nesta manhã, houve agressão entre um casal.
Grande parte dos moradores da região, principalmente os aposentados rurais, continua favorecendo-os com dinheiro. Enquanto isso os andarilhos adquirem de imediato no comércio local, garrafas de aguardente e cigarros. Assim eles dão continuidade ao modo de vida que escolheram. Enquanto isso, outros moradores não dão dinheiro e até evitam passar ou parar na pracinha.
Alguns andarilhos exprimem o que farão com o dinheiro no momento de pedir ao morador. Nesta manhã um deles falou abertamente para um aposentado que pretendia comprar uma garrafa de cachaça e outro, que gostaria de fumar. Ambos disseram que não possuíam dinheiro para a compra da bebida e dos cigarros. Outro ainda solicitou dinheiro para comprar uma camisa, recebeu R$ 20,00, mas comprou cachaça.
O ferroviário aposentado L.Q.A., 67 anos, disse que não frequenta mais a Praça José Henrique Pereira, onde sempre foi o local mais movimentado da cidade, mas tranquilo. “Vejo esse pessoal e não entendo porque eles permanecem o dia todo bebendo e dormindo no chão da pracinha”, disse.
“Se todos fizerem como eu faço, eles já teriam sumido daqui”. Essa foi a forma de expressão do lavrador J.P. da zona rural de Alfredo Chaves. Segundo ele, sempre passou direto para um supermercado e jamais deu atenção aos pedintes. “Aos 66 anos, trabalho na roça e não vejo motivos para nenhuma pessoa levar este tipo de vida como o deles. Tinha de mandar embora essa gente e nos deixar na pracinha, coisa que gosto, mas não faço mais desde o início do ano”.