Anvisa autoriza registro e produção de remédio à base de maconha no Brasil

Publicado em 03/12/2019 às 16:47

Compartilhe

Os diretores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovaram hoje o registro e a produção de remédios à base de maconha no Brasil. Com isso, a medicação poderá ser comprada em farmácias mediante apresentação de receita médica. A regulamentação entra em vigor 90 dias após a publicação da decisão no Diário Oficial da União.

O regulamento proíbe a manipulação de qualquer produto derivado da planta. A comercialização no país ocorrerá exclusivamente em farmácias e drogarias sem manipulação. Os diretores ainda discutem hoje a permissão para que a erva seja plantada em solo nacional para uso exclusivamente terapêutico.

Substâncias extraídas da maconha, como o canabidiol e o THC (tetrahidrocanabinol), podem ser usadas para tratamento de doenças como epilepsia, mal de Parkinson, esclerose múltipla, esquizofrenia, síndrome de Tourette, asma, glaucoma e dores crônicas. Os efeitos dos medicamentos seriam de antidepressivo, analgésico, sedativo, estimulante de apetite e de anticonvulsivo.

A decisão de hoje da Anvisa não pode ser vetada. Mas, de acordo com a assessoria da agência, como toda a regulamentação, o governo ou o Congresso pode propor uma lei que contraria à decisão. Há também a possibilidade de alguém recorrer à Justiça.

Revisão em 3 anos

Os diretores decidiram que a regulamentação do uso dos remédios deverá ser revisada em até três anos. As regras para prescrever o produto variam de acordo com a concentração de THC (tetrahidrocanabinol), a parte alucinógena da erva.

Em concentrações menores de 0,2%, o remédio deverá ser prescrito com numeração fornecida pela vigilância sanitária e exige renovação da receita em até 60 dias.

Já os produtos com concentrações de THC acima de 0,2% só poderão ser prescritos a pacientes terminais ou que tenham se esgotado as alternativas terapêuticas. “Neste caso, o receituário será do tipo A, semelhante ao da morfina”, diz nota da Anvisa.

Os fabricantes que optarem por importar o substrato da cannabis para fabricação do produto deverão realizar a importação da matéria-prima semielaborada, e não da planta ou parte dela.

O regulamento é específico para o tratamento médico de humanos, não de animais.

Veja também

WhatsApp Image 2025-06-11 at 16.51.06

Usuários do SUS podem realizar atualização cadastral no Integra Saúde Capixaba

e1e44f69-8c28-4b8e-8ba2-3273c7705483

Quatro suspeitos são presos por tráfico de drogas em operação policial em Venda Nova do Imigrante    

{02E81B50-7AB2-DE4D-76C0-7DEEAD26B3EA}

Baile Social abre 50ª Festa da Banana e do Leite, em Alfredo Chaves

9d69ef0a-01db-4848-836b-99b4bb97a1b4

Governo publica medidas fiscais para corrigir distorções e garantir equilíbrio nas contas públicas

2148350495(1)

Sudeste se prepara para geada e frio intenso com chegada de ar polar

SB

Incaper lidera discussão sobre agropecuária sustentável em encontro preparatório para a COP 30

arte-e-cronica-1

Um violão quebrado

c33ab7f5-b427-4867-8c1e-98c1e57b78b9

O Governo do Estado amplia as ações com foco em políticas públicas ambientais inovadoras e sustentáveis