Agronegócio brasileiro bate recorde e atinge US$ 15,6 bi em exportações em julho
Publicado em 12/08/2025 às 15:05
Foto: Freepik
As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 15,6 bilhões em julho, o maior valor já registrado para esse mês na série histórica. Esse resultado representa um crescimento de 1,5% em relação a julho de 2024, com um acréscimo de US$ 225 milhões, impulsionado tanto pelo aumento do volume embarcado quanto pela elevação dos preços.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o café foi um dos principais destaques, registrando alta de 25,3% no valor exportado. Recentemente, 32 empresas brasileiras foram habilitadas pela primeira vez para vender o produto à China, totalizando agora 452 estabelecimentos autorizados. Outros itens que apresentaram forte crescimento incluem suco de maçã (+623%), fumo (+91,5%), bananas (+79%), ovos e gemas (+62%), couros e peles (+57%), frutas (+37,3%) e carnes (+16,7%), com destaque para a carne bovina. Produtos com menor participação histórica nas exportações do agronegócio, como corvina (+161%), uvas frescas (+89,4%), castanha de caju (+88%), óleos vegetais (+87%) e mel e seus derivados (+37%), também ganharam espaço, graças às oportunidades identificadas pelos adidos agrícolas no exterior por meio de ferramentas como o AgroInsight.
A China manteve-se como maior compradora, com US$ 5,62 bilhões em aquisições no mês, seguida pela União Europeia, com US$ 2,36 bilhões e crescimento de 16,4%. Entre os mercados que mais avançaram estão México (+23%), Arábia Saudita (+28,8%) e Tailândia (+18%), além de progressos relevantes em Marrocos, Bangladesh e Taiwan.
No acumulado de janeiro a julho, as vendas externas do setor somaram US$ 97,5 bilhões, mantendo-se estáveis em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse intervalo, os produtos fora do núcleo tradicional da pauta exportadora cresceram 21% em valor. Desde o início da atual gestão, foram abertos 399 novos mercados para produtos agropecuários e realizadas mais de 200 ampliações de acesso, sendo 13 dessas aberturas registradas em julho.
Diante de um cenário internacional de incertezas, o Brasil segue mantendo seu ritmo de crescimento, consolidando-se como fornecedor confiável, estável e seguro. A estratégia de abertura, ampliação e diversificação de mercados, aliada ao diálogo constante com parceiros comerciais, sustenta a competitividade do agronegócio e reforça sua presença global. Mesmo com a queda nas cotações de soja em grão, açúcar, celulose e algodão, o setor conseguiu preservar as receitas cambiais.
O Brasil reafirma seu papel na promoção da segurança alimentar mundial e no fortalecimento do comércio internacional, garantindo regularidade na oferta, sanidade, qualidade reconhecida e compromisso com a sustentabilidade.
Fonte: Mapa