Exportações do agro capixaba somam mais de R$ 10 bilhões nos primeiros sete meses de 2025
Publicado em 15/08/2025 às 08:18
Foto: Freepik
O Espírito Santo atingiu, entre janeiro e julho de 2025, o maior valor já registrado para o período nas exportações do agronegócio: US$ 1,88 bilhão (cerca de R$ 10,1 bilhões). O resultado representa alta de 2,2% sobre o mesmo intervalo de 2024 (US$ 1,84 bilhão) e superou o desempenho nacional, que apresentou queda de 0,1%. No total, foram embarcadas aproximadamente 1,5 milhão de toneladas de produtos para 119 países.
O complexo cafeeiro liderou as vendas, com US$ 979,8 milhões (52,3% do total), seguido por celulose (US$ 563,4 milhões – 30%) e pimenta-do-reino (US$ 217,2 milhões – 11,5%). Também se destacaram mamão, carne bovina, gengibre, chocolates e derivados de cacau, ovos, álcool etílico e pescados.
Na avicultura, as exportações de ovos cresceram 1.788% e entraram pela primeira vez no ranking dos dez produtos mais exportados, com 99,3% da receita vinda dos Estados Unidos. Antes da entrada em vigor, em 6 de agosto, da tarifa norte-americana de 50% para vários produtos, outros itens também registraram fortes altas: pimenta-do-reino (+129%), pescados (+70%), café solúvel (+64%), mamão (+20%), carne bovina (+10%) e gengibre (+6%).
Os EUA foram o principal destino (21,8% – US$ 408,7 milhões), seguidos por Turquia (7,5% – US$ 141,9 milhões) e China (6,6% – US$ 123,6 milhões). O agro respondeu por 33,14% de todas as exportações capixabas no período.
Segundo o secretário estadual da Agricultura, Enio Bergoli, o crescimento reflete a competência do setor, mas o segundo semestre exigirá atenção. “Temos um Comitê permanente com os setores mais impactados e já adotamos medidas de crédito rural para reduzir prejuízos e preservar empregos diante do tarifaço”, afirmou.
O Estado segue líder nacional nas exportações de gengibre (59%), pimenta-do-reino (65%) e mamão (41%), além de ocupar a segunda posição no ranking brasileiro do complexo cafeeiro.
Nota: dados de exportação de açúcar de cana referentes a fevereiro e março de 2024 foram desconsiderados devido a inconsistências identificadas nas bases oficiais.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Seag