Secretaria da Saúde descarta primeiro caso suspeito de Coronavírus no ES

Publicado em 26/02/2020 às 19:43

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Na manhã desta quarta-feira (26), a equipe do Centro de Operações Estratégicas (COE) da Secretaria da Saúde (Sesa) se reuniu para tratar sobre atualizações relacionadas ao Coronavírus. O primeiro caso suspeito da doença foi registrado no Espírito Santo na tarde desta terça-feira (25). No entanto, no início da tarde desta quarta, após a realização de exames pelo Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen-ES), foi confirmado que se trata de um caso de Influenza A, sendo descartado o Covid-19.

O paciente deu entrada no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (HEJSN), na Serra, apresentando febre e outros sintomas respiratórios. O hospital tem a expertise de atendimento a casos graves e é um dos hospitais de referência para atendimento aos casos suspeitos, definido pelo Plano Estadual de Enfrentamento e Controle do Covid-19.

O paciente é um aposentado de 54 anos, morador da Grande Vi0t0ória, que chegou recentemente de uma viagem à Itália. Desde o final da tarde de terça-feira, ele foi monitorado pela equipe médica do hospital e teve amostras de material coletado para exames laboratoriais. O caso suspeito foi informado no mesmo dia ao Ministério da Saúde, mas o descarte para Coronavírus foi confirmado no início da tarde de hoje, ou seja, em menos de 24 horas após a coleta do material.

O coordenador do Centro de Operações Estratégicas (COE) da Sesa, Luiz Carlos Reblin, explicou que se não houvesse a detecção de nenhuma outra virose, o caso se encerraria aqui mesmo. “Se não houvesse a detecção de nenhuma outra virose, esse material seria enviado para o laboratório de referência que, para o Espírito Santo seria a Fiocruz, no Rio de Janeiro, e para um período aproximado de sete dias para a positividade ou não para o Coronavírus”, explicou.

Plano de contingência

Desde o início dos primeiros casos de Coronavírus na China, o Espírito Santo elaborou um plano de contingência para evitar a circulação do vírus no Estado. Entre as definições apresentadas estão a definição dos hospitais de referência, que serão o Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), em Vitória, que é referência em atendimento pediátrico, e o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (HEJSN), na Serra, que tem a expertise de atendimento a casos graves.

A remoção dos pacientes com casos suspeitos para os hospitais de referência, de acordo com o plano, ficará a cargo do Serviço Móvel de Urgência (Samu 192) e do serviço de remoção estadual nos municípios que não têm Samu.

Em relação ao atendimento a ser realizado nos municípios, que poderá ser a porta de entrada de casos suspeitos, todos os profissionais já estão sendo orientados e capacitados para identificação da infecção. Os municípios também estão orientados a realizarem a comunicação obrigatória por meio do FormSUS, para que haja a notificação imediata dos possíveis casos.

O Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen/ES) fica responsável pelas análises das amostras enviadas pelas unidades de saúde. No local, as amostras serão analisadas para triagem de outras viroses e, caso os resultados descartem casos de influenza ou outras viroses, o material será enviado para o laboratório de referência nacional (Fiocruz) para confirmação ou descarte do caso.

“Agora, com esse descarte, vamos continuar no esforço para que esse vírus não circule entre nós. Na medida em que ele passe a circular, as unidades básicas e hospitais passam a olhar de forma diferente para o paciente que apresentar sintomas. A partir de agora já temos um olhar diferenciado para pessoas que circularam pela Europa, pois até agora a gente olhava apenas para quem vinha de países asiáticos. Então a gente já amplia o leque de países para definição de casos suspeitos”, destacou Reblin.

Na última sexta-feira (21), o Ministério da Saúde passou a enquadrar também, na definição casos suspeitos de Covid-19, pessoas com histórico de viagens a outros sete países: Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Singapura, Camboja, Vietnã e Tailândia. A mudança ocorreu devido ao aumento de 14% no número de novos casos fora da China.

O coronavírus é um novo vírus que tem causado doença respiratória, com casos recentemente registrados na China.

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