Museu em Santa Teresa apresenta vida e obra de Augusto Ruschi, Patrono da Ecologia

Publicado em 13/12/2019 às 11:39

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É no município de Santa Teresa, a 80 km da Capital Vitória, que está localizado o Museu de Biologia Professor Mello Leitão, onde o turista pode conhecer a história e a pesquisa de um dos mais ilustres capixabas, o pesquisador e professor Augusto Ruschi. O espaço guarda um dos principais acervos de espécies da Mata Atlântida no Brasil.

Se estivesse vivo Augusto Ruschi completaria 104 anos nesta quinta-feira (12). Patrono da Ecologia, tem na sua história pesquisas relacionadas as diversas espécies de fauna e flora da Mata atlântica, especialmente beija-flores e orquídeas.

Em homenagem ao aniversário de nascimento de Ruschi, o Instituto Nacional da Mata Atlântica, que mantém o museu em conjunto com a Prefeitura, realiza uma semana de atividades. Os visitantes do espaço poderão participar da exibição de slides shows e atividades educativas.

Durante toda a semana, o artista plástico Rodrigo Brito pintará a famosa foto de Ruschi beijando o colibri na Praça Primo Sancio, na Rua do Lazer.

Na quarta-feira (18), a partir das 8h, acontece a exibição do documentário “Guainumbi” (1979), do cineasta Orlando Bomfim Netto, com imagens raras de Ruschi. No mesmo dia também acontece o lançamento do livro “Augusto Ruschi: notas biográficas”, da Dra. Alyne dos Santos Gonçalves.

Saiba mais sobre Augusto Ruschi

Museu em Santa Teresa apresenta vida e obra de Augusto Ruschi Patrono da EcologiaCientista, advogado, professor e defensor das florestas, Augusto Ruschi é o Patrono da Ecologia do Brasil. Esses e outros adjetivos e ocupações marcaram a vida do naturalista brasileiro Augusto Ruschi (1915-1986).

Nascido na cidade de Santa Teresa, região centro-serrana do Espírito Santo, esse descendente de imigrantes italianos católicos marcou a história de seu Estado natal e também a do Brasil, em especial por seus estudos sobre beija-flores e por sua sistemática militância em favor da natureza.

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Em 1949, fundou o Museu de Biologia Professor Mello Leitão – uma homenagem a seu mestre e amigo, o zoólogo Cândido Firmino de Mello Leitão –, inaugurando, assim, o primeiro espaço institucional do Estado dedicado aos estudos biológicos.

Uma década antes, Ruschi ingressava como assistente voluntário no Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ), atuando inicialmente como botânico contratado e, anos depois, como Professor Titular. O MNRJ também foi um espaço de intercâmbio acadêmico, com o qual teve a oportunidade de aprimorar os conhecimentos sobre fauna e flora que adquirira de maneira autodidata.

Além das pesquisas, “Guti”, como era conhecido entre os amigos mais próximos, construiu relações de prestígio e confiança com diversas autoridades políticas e conseguiu desenvolver um longo trabalho de colecionamento biológico e mapeamento dos recursos naturais capixabas.

Além das contribuições para os conhecimentos biológicos, Ruschi participou do processo de criação das primeiras áreas de proteção natural do Brasil – com destaque para a Reserva Florestal de Nova Lombardia (hoje, ReBio Augusto Ruschi), no município de Santa Teresa, e para a Reserva do Córrego do Veado, em Pinheiros, no norte do Estado.

Famoso por ter contrariado interesses empresariais multinacionais no contexto do plantio de eucaliptos em Aracruz e pelas constantes denúncias de invasão de terras na Ilha de Comboios e em Itaúnas, Ruschi também militou pelos direitos indígenas à terra e ao reconhecimento como sujeitos portadores de conhecimentos indispensáveis aos cuidados com o meio ambiente e, portanto, com a diversidade biológica e cultural da vida.

Trinta e três anos após sua morte, o legado do Museu de Biologia Professor Mello Leitão – por ele fundado há 70 anos – continua mais vivo do que nunca na missão encampada pelo Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), unidade de pesquisa subordinada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Ao incorporar o Museu Mello Leitão, o INMA tem se dedicado à produção e difusão de pesquisas relativas à Mata Atlântica, sua biodiversidade, história e conservação, sem descuidar de atividades voltadas à educação ambiental, bem como à memória de seu Patrono, cuja data de nascimento merece ser não apenas comemorada, mas servir de ocasião para refletir sobre nossa relação com o mundo.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Instituto Nacional da Mata Atlântica.

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