Marechal Floriano tem o maior percentual de cobertura florestal do Estado

Publicado em 26/05/2018 às 10:51

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Marechal Floriano apresentou um dado significativo em relação à quantidade de Mata Atlântica que cerca o município. É o que aponta o Atlas da Mata Atlântica do Espírito Santo, que foi lançado no mês de abril, e apresenta o município com o maior percentual do território com cobertura florestal em todo o Estado, com 45,49%.

Os dados também mostram que a Mata Atlântica está sendo recuperada no Estado. São 27.179 hectares de crescimento de 2007 a 2015, o que corresponde a mais de 0,6% do território. O cenário também mostra uma tendência de crescimento da cobertura florestal, uma vez que 6,2% do Estado – ou 285.568 hectares – encontram-se em estágio inicial de regeneração natural.

Além do município da Região Serrana, Linhares é a cidade com maior extensão territorial de Mata Atlântica, em termos absolutos, com 73.915,92 hectares – 21,16% do território do município –, o que corresponde a 10% de toda a cobertura florestal do Estado. Já Marataízes possui o menor percentual e a menor cobertura florestal em termos absolutos, com 50,51 hectares, correspondendo a 0,39% do seu território.

Com relação ao crescimento da cobertura florestal, Serra é o município que apresentou maior crescimento, saindo de 11,6% para 15,1% do seu território – ou seja, de 6.365,53 hectares em 2008 para 8.247,3 hectares em 2012 e 2013. Rio Novo do Sul foi o que apresentou maior redução de crescimento da cobertura florestal, saindo de 15% do seu território para 14%, o que, em termos absolutos, caiu de 3.060,99 hectares para 2.868,24 hectares.

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Para o secretário de Estado de Meio Ambiente, Aladim Cerqueira, o programa Reflorestar vem sendo essencial para o fomento da cultura de recuperação florestal no Espírito Santo. “Com o Reflorestar, conseguimos construir uma política sólida de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), e ainda estamos conseguindo financiar projetos e pesquisas que visam tornar contínuo o monitoramento da Mata Atlântica e o fortalecimento dos acervos de informações sobre o assunto, como a atualização da lista de espécies ameaçadas de extinção no Estado”, informou o secretário.

Segundo ele, com esse monitoramento, está sendo possível tornar toda a base de dados acessível na web para o mundo, o que também fortalece o Instituto Nacional da Mata Atlântica.

A diretora-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Gabriela Lacerda, ressalta a importância do Reflorestar. “Os dados apresentados no Atlas indicam que o programa Reflorestar, ao estimular a adoção de práticas de uso sustentável dos solos, tem relevante papel no crescimento da cobertura florestal. No entanto, como foi possível identificar que mais da metade das áreas de floresta é constituída por pequenos fragmentos, uma possível evolução do programa Reflorestar pode incluir a intensificação de ações que promovam a ampliação da extensão de florestas contínuas”.

Atlas da Mata Atlântica do Espírito Santo

O documento reúne dados oficiais da cobertura vegetal nativa e uso da terra de todo o Estado. Ele estabelece com grau elevado de precisão tudo que ocupa o espaço geográfico de todo o Estado, seja atividade antrópica ou de cobertura natural. São 25 classes de usos do solo mapeadas em dois períodos: 2007 a 2008 e 2012 a 2015. A elaboração do Atlas foi coordenada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), com apoio do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

O nível de detalhamento contido no Atlas é uma revolução na estatística socioeconômica do meio rural capixaba, onde é possível encontrar dados dos 78 municípios capixabas e das 12 bacias hidrográficas. Cada 0,5 hectare de floresta nativa, pasto, macega, café, dentre outras formas de usos do solo foram mapeadas nas duas séries temporais avaliadas. Além disso, a publicação irá contribuir com a agenda de restauração florestal do Estado, por meio de uma definição de linha de base e com o mapeamento da cobertura florestal, que serão importantes para acompanhar a evolução de floresta nativa do Espírito Santo.

O Atlas é um dos frutos do Programa Reflorestar, e tem como objetivo apresentar parte dos produtos gerados pelo programa, com destaque para o Mapeamento da Cobertura Vegetal Nativa e do Uso das Terras do Estado, estabelecendo uma linha de base para a realização do monitoramento dos remanescentes florestais do Espírito Santo.

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