Educadora sexual e autora do livro "Elas Podem e Devem!". Formada em Serviço Social Faculdade Salesiana de Vitória, além de Programação Neurolinguística e Sexualidade Humana.

Sexo & Prazer

Azar no amor? A causa pode estar na sua infância.

Publicado em 24/04/2018 às 16:51

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Durante esta minha experiência como terapeuta acompanho a trajetória de vida de centenas de pacientes, cada uma com suas histórias, cada uma com suas peculiaridades.

Percebi que todas essas pacientes têm, como denominador comum, uma grande necessidade de realização afetiva, imprescindível mesmo para as mulheres que acreditam que a autonomia e o sucesso profissional dão conta de tudo.

Infelizmente, nem sempre essa realização é possível, pois vários fatores colaboram para que ocorram frustrações amorosas. A maioria das pessoas, por não se conhecer emocionalmente, se culpa por seus “fracassos”. Ou então culpam os outros, o azar, as escolhas erradas e até o sobrenatural pelas suas decepções.

Porém, na maioria dos casos não se trata de culpa nem de culpados e sim da forma como transcorreu a relação afetiva com os pais. É isso mesmo, os pais têm muito a ver com isso. Na vida amorosa, a tendência é de que as pessoas reproduzam o repertório emocional que foi adquirido a partir da relação com os pais.

Normalmente, as pessoas que tiveram vida familiar saudável na infância tendem a se relacionar amorosamente de forma mais tranqüila, assim como as pessoas que tiveram muitos problemas emocionais tendem a se relacionar afetivamente de maneira conflituosa.

Para elucidar, vou contar um caso de uma moça que tinha muitos problemas amorosos em função do mal relacionamento com os pais na infância. Por questões éticas, vou omitir o nome da paciente e a chamarei de ELLA.

Na puberdade, ELLA descobriu que não tinha sido filha desejada. Os pais, quando ela nasceu, já tinham muitos filhos e não estavam em boas condições financeiras. Pior que isso, sua mãe lhe contou que, durante a gravidez, o marido a rejeitou por não querer mais uma criança.

A rejeição dos pais fez com que ELLA, sem ter consciência, evitasse as relações amorosas, preocupando-se mais com os relacionamentos dos outros. ELLA queria ver todos bem e agia como um verdadeiro cupido. Sua vida amorosa era um desastre.

Sentia-se constantemente rejeitada, mal amada, traída e abandonada. Nem ELLA nem seus amigos entendiam porque isso se repetia, já que ela era uma mulher bonita e inteligente.

ELLA só se deu conta de que a rejeição dos pais influenciava diretamente na sua vida amorosa com a terapia. Ao tratar essas questões, ela deixou de transferir para sua afetividade os conflitos da infância e passou a se relacionar normalmente com os homens.

Conclusão: relacionamentos amorosos tumultuados e repetitivos estão, na maioria das vezes, relacionados a conflitos infantis que precisam ser identificados e compreendidos.

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