Ministério da Saúde prorroga resgate da vacinação contra HPV até 2026
Publicado em 26/12/2025 às 08:49
Foto: Freepik
O Ministério da Saúde prorrogou até o primeiro semestre de 2026 a estratégia de resgate vacinal contra o HPV voltada a adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que não receberam a vacina na idade recomendada. A iniciativa, que se encerraria em dezembro deste ano, seguirá vigente até a realização da Campanha de Vacinação nas Escolas, ampliando o acesso desse público à imunização.
A expectativa é vacinar cerca de 7 milhões de jovens nessa faixa etária que ainda não foram imunizados contra o HPV em todo o país. Até dezembro de 2025, a estratégia de resgate resultou na aplicação de 208,7 mil doses da vacina, sendo 91 mil em meninas e 117,7 mil em meninos.
Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a ampliação do prazo é fundamental para garantir proteção a quem perdeu a oportunidade de se vacinar entre os 9 e 14 anos. “Ao ampliar a estratégia de resgate, o Ministério da Saúde possibilita que adolescentes e jovens garantam sua proteção individual e contribuam para a redução da circulação do vírus na população”, destacou.
A vacina contra o HPV é segura e essencial para a prevenção de diversos tipos de câncer, como os de colo do útero, vulva, pênis, garganta e pescoço. A estratégia de resgate abrange todos os cerca de 5,5 mil municípios brasileiros, com o objetivo de assegurar o acesso à imunização para adolescentes e jovens ainda não vacinados.
A vacinação está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também ocorre por meio de ações extramuros, em locais como escolas, universidades, ginásios esportivos e shoppings. Para fortalecer a estratégia, o Ministério da Saúde conta com o apoio de estados e municípios.
Esquema vacinal
A vacinação contra o HPV integra o calendário nacional de imunização para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Desde 2024, o Brasil adotou o esquema de dose única, substituindo o modelo anterior de duas doses e facilitando o acesso à vacina.
Para pessoas imunocomprometidas — como aquelas que vivem com HIV/Aids, pacientes oncológicos e transplantados —, o esquema permanece com três doses. A mesma recomendação vale para usuários de PrEP entre 15 e 45 anos e para vítimas de violência sexual a partir dos 15 anos.
Fonte: Ministério da Saúde/ Marcella Mota