Ministro garante: Brasil tem energia suficiente e não corre risco de apagão

Publicado em 14/10/2025 às 13:33

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O sistema elétrico brasileiro tem capacidade para atender plenamente à demanda de energia do país e não corre risco de apagões, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Segundo ele, o problema registrado nesta terça-feira (14) foi um evento “pontual e momentâneo”, decorrente de uma falha técnica na infraestrutura do sistema, e não de falta de geração de energia.
Em entrevista à Agência Brasil, após participar do programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Silveira destacou que o termo “apagão” é tecnicamente incorreto para descrever a ocorrência.
“Apagão é um termo que se popularizou até por motivações políticas. Tecnicamente, ele se refere à falta de capacidade de geração para atender à demanda do país”, explicou. “O que aconteceu foi uma interrupção pontual e momentânea do fornecimento, causada por problema técnico no sistema.”
O ministro lembrou que o Brasil passou por um verdadeiro apagão apenas em 2001, quando uma crise hídrica reduziu drasticamente o nível dos reservatórios das hidrelétricas — então responsáveis por quase toda a geração nacional — e obrigou o governo a adotar medidas de racionamento que duraram de junho de 2001 a março de 2002.
“Não é o caso agora”, garantiu Silveira.

Sistema interligado garante segurança energética

Naquela época, o país ainda não contava com o Sistema Interligado Nacional (SIN), o que impedia o envio de energia de regiões com reservatórios cheios para áreas afetadas pela seca. Com a expansão da rede de transmissão e a interligação entre as regiões, esse cenário mudou.
Silveira destacou que, hoje, o sistema é mais robusto e diversificado, com a incorporação de usinas térmicas e fontes alternativas, como eólicas e solares.
“Com o sistema interligado e a ampliação da geração térmica, o Brasil não corre nenhum risco energético”, afirmou.
O ministro também citou 2021 como um exemplo de falha de planejamento que reduziu a segurança energética do país. Naquele ano, a baixa generalizada dos reservatórios comprometeu a geração hidrelétrica e não houve contratação suficiente de energia térmica para compensar a perda.

Ocorrência no Paraná afetou quatro regiões

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a interrupção registrada nesta terça-feira ocorreu à 0h32 e afetou os quatro subsistemas do país — Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte. O problema foi provocado por um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, no Paraná, que desligou toda a estrutura de 500 kilovolts (kV) e interrompeu a interligação entre as regiões.
No momento do incidente, a Região Sul exportava cerca de 5 mil megawatts (MW) para o Sudeste/Centro-Oeste. O desligamento resultou na perda de aproximadamente 10 gigawatts (GW) de carga, segundo o ONS.

Restabelecimento rápido 

Silveira explicou que o sistema elétrico possui mecanismos automáticos de proteção que realizam desligamentos programados para evitar colapso total quando há uma perda de grande porte.
“Quando você tem uma perda de 10 GW em um momento de consumo de 72 GW, o sistema interrompe automaticamente parte do fornecimento em cada estado, de forma controlada, para preservar a integridade da rede”, detalhou.
“Tudo ocorreu dentro da normalidade do restabelecimento”, completou o ministro.

Fonte: Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil

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