Inca lança publicação com novos dados sobre câncer de mama no Brasil
Publicado em 04/10/2025 às 12:53
Foto: Freepik
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançou, nesta sexta-feira (3), durante a campanha do Outubro Rosa, a publicação “Controle de câncer de mama no Brasil: dados e números 2025”. O material reúne informações sobre incidência, mortalidade, fatores de risco, prevenção, exames e tratamento, e tem como objetivo subsidiar o trabalho de profissionais de saúde e gestores públicos em todo o país.
Segundo o Inca, o câncer de mama continua sendo o que mais mata mulheres no Brasil. Para este ano, a estimativa é de 73.610 novos casos. Em 2023, mais de 20 mil óbitos foram registrados pela doença. Entre 2020 e 2023, houve queda da mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos.
O relatório mostra que o Sudeste concentra a maior incidência da doença, enquanto Santa Catarina lidera entre os estados. Já em relação à mortalidade, as regiões Sul, Sudeste e Nordeste registram as maiores taxas, com destaque para Roraima, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A chefe da Divisão de Detecção Precoce e Organização de Rede do Inca, Renata Maciel, destacou avanços recentes. “Nos últimos três anos, o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento melhorou, especialmente na Região Sul, que tem o maior percentual de casos tratados em até 60 dias”, afirmou.
Ela ressaltou, no entanto, que a cobertura do rastreamento ainda é baixa no Brasil. “Precisamos aumentar essa cobertura para 70%. Hoje, em alguns estados do Norte, ela está em torno de 5,3%, e no Espírito Santo, em 33%. É muito pouco. Nosso foco é ampliar o rastreamento organizado para que as mulheres façam mamografia a cada dois anos”, explicou.
O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto, também reforçou a importância da detecção precoce. “O tempo é vida no câncer. Estamos trabalhando para reduzir a fila de espera no tratamento e incorporamos novos medicamentos dentro do programa Agora Tem Especialista, do governo federal”, destacou.
Fonte: Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil