VIDA SAUDÁVEL

Vida Saudável

Aprenda a identificar a intolerância à lactose e melhore sua qualidade de vida

Publicado em 15/09/2022 às 08:17

Compartilhe

Colunas-Montanhas capixabas-Vida_Saudavel2

A intolerância à lactose é um distúrbio digestivo que se caracteriza pela dificuldade que o organismo tem em digerir, de forma parcial ou completa, o açúcar existente no leite e produtos derivados. O problema ocorre quando não há a produção (ou quando a produção acontece em baixas quantidades) de uma enzima digestiva chamada lactase, responsável por quebrar e decompor a lactose. Como consequência, a substância chega até o intestino grosso sem alterações.

A partir desse momento, a lactose se acumula e sofre uma fermentação de bactérias que fabricam ácido e gases, causando retenção de água e provocando o aparecimento de diarreias e cólicas. A gastroenterologista da Unimed Vitória Livia Pandolfi ensina que para identificar a intolerância à lactose é necessário observar os sintomas clínicos do paciente, como o aparecimento de distensão, gases, diarreia, dores abdominais e náuseas, minutos ou horas após a ingestão de leite e derivados. O nível de intensidade desses sintomas vai depender da concentração de lactose de cada alimento.

Existem três tipos de intolerância à lactose: a congênita, que é rara e se manifesta logo após o nascimento, impedindo o aleitamento materno; a secundária, que ocorre após a inflamação do intestino delgado motivada por gastroenterites virais, alergia à proteína do leite, doença celíaca e doenças inflamatórias intestinais; e o terceiro tipo é o adulto, uma deficiência primária que afeta a maioria das pessoas por ser de natureza genética, e que causa uma redução na produção de lactase ao longo do tempo.

Há exames disponíveis para a confirmação do quadro. O mais usado é um exame de sangue realizado após a ingestão de um líquido com lactose. Apesar de ser mais acessível ele é menos confiável que o teste do hidrogênio espirado, chamado de padrão ouro.

Tratamento

A melhor forma de lidar com a intolerância é ter a confirmação por meio do diagnóstico e entender que não é necessário excluir totalmente o leite e os derivados da alimentação. “O paciente precisa conhecer os alimentos com maior teor de lactose e identificar qual é o seu nível de tolerância, porque muitas pessoas toleram uma pequena quantidade. Sempre que for possível, precisará reduzir o consumo de alimentos que são ricos em lactose, principalmente leite, iogurtes e sorvetes, e passar a consumir produtos sem a substância. Além disso, deve fazer o uso da enzima lactase nos momentos que desejar comer produtos com maior concentração de lactose”.

Livia alerta que a infecção intestinal e outras situações que afetam o intestino podem ter relação com a intolerância à lactose, comprometendo a produção de lactase no organismo. “Esse é o tipo de intolerância conhecido como secundária. Ela ocorre após uma inflamação no intestino, danificando o revestimento interno, que é exatamente o local de produção da enzima lactase, comprometendo esse processo. Com a recuperação e melhora dessa condição inflamatória, as células se regeneram e após um tempo a pessoa volta a conseguir digerir a lactase”.

É importante o paciente identificar se a exclusão da lactose da dieta realmente ocasiona uma melhora dos sintomas. Caso não haja melhora após esse tratamento, é necessário investigar outros problemas que gerem os mesmos sintomas, como a síndrome do intestino irritável, supercrescimento bacteriano do intestino e parasitoses, por exemplo.

Intolerância x alergia

Apesar de muitas pessoas confundirem intolerância com alergia, os dois problemas são diferentes. O primeiro é caracterizado pela dificuldade do organismo em quebrar a lactase. E o segundo é uma resposta descontrolada do sistema imunológico a uma proteína específica do leite da vaca. O ataque das células de defesa motiva manifestações em todo o corpo, como falta de ar, tosse, manchas na pele, coceira e inchaço nos lábios. A alergia, geralmente, é mais perigosa.

Não é possível reverter a queda na produção da lactase, mas é bom lembrar que o correto funcionamento dos órgãos digestivos influencia na digestão da lactose. A recomendação é ter um cardápio variado com verduras, frutas e cereais integrais que facilitam o trânsito intestinal. Apesar de ter a presença de lactose não digerida, um organismo mais saudável é menos propenso a sofrer com gases e cólicas.

Veja também

cafes-es

Cafés do Espírito Santo no topo do Prêmio Artesanal de Cafés Especiais Torrados

cafe-conilon

Produção de café conilon deve ser a 3ª maior na série histórica no Espírito Santo

Pesquisa-utiliza-biocarvao-de-casca-de-laranjeira-e-eucalipto-para-filtrar-esgoto

Pesquisa utiliza biocarvão de casca de laranjeira e eucalipto para filtrar esgoto

roberto-kautsky-1

Roberto Anselmo Kautsky: o botânico capixaba que revelou ao mundo a beleza das orquídeas do Espírito Santo

Programa-Saude-na-Escola-leva-conscientizacao-e-cuidados-a-criancas-e-adolescentes-em-todo-Estado

Programa Saúde na Escola leva conscientização e cuidados a crianças e adolescentes em todo Estado

Recorde-nas-exportacoes-do-agro-capixaba-no-1o-quadrimestre-de-2024

Recorde nas exportações do agro capixaba no 1º quadrimestre de 2024

Mulheres-Positivas-abre-periodo-de-indicacoes-para-premio-voltado-a-empreendedoras-no-Agro

Mulheres Positivas abre período de indicações para prêmio voltado à empreendedoras no Agro

brasil-24-05-ft-Rafa-Neddermeyer-abrigo-chuvas-sul

Pessoas físicas doam R$ 35 mi do IR para fundos do Rio Grande do Sul

Últimos artigos de Vida Saudável

Gestantes têm até quatro vezes mais chances de desenvolver quadros graves da Dengue

Epidemia de obesidade afeta mais de 62,6% das mulheres no Brasil

Cirurgião da coluna vertebral alerta sobre os perigos do uso descontrolado de opióides

Nutricionista ensina receitas saudáveis para as ceias de Natal e Ano Novo

Cuidados com a saúde das crianças no verão