Irmãs com mais de 100 anos e que moram em Brasília recebem Títulos de Cidadãs Florianenses

Publicado em 11/05/2022 às 09:27

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Texto e fotos: Cícero Modolo

Uma reportagem exibida em uma emissora de TV de Brasília, serviu para que duas irmãs centenárias nascidas em Araguaya, distrito de Marechal Floriano, e que há anos moram na capital nacional, chamassem a atenção do presidente da Câmara de Vereadores de Marechal Floriano, o também morador de Araguaya, Cezar Tadeu Ronchi Junior, o Cezinha.

Juracy Feitosa Rocha, 100 anos e Julieta Feitosa, 104, são irmãs inseparáveis e esbanjam saúde. Vaidosas, lúcidas e ativas, elas garantem que o segredo da longevidade é fazer o que gostam e aceitar as pessoas como elas são. Antes de chegarem à Brasília, as irmãs passaram pela então capital Rio de Janeiro, até chegarem ao Distrito Federal.

O presidente da Câmara, Cezinha Ronchi, entregou pessoalmente os títulos de cidadãs às irmãs

Ao tomar conhecimento da reportagem feita com as duas irmãs por uma emissora de TV de Brasília, o presidente da Câmara, Cezinha Ronchi, solicitou que sua equipe buscasse informações de conato das florianenses que moram na capital federal. A reportagem abordou que as irmãs enfrentaram a gripe espanhola e também a Covid-19.

Por meio da afiliada do Espírito Santo da emissora de TV, foi possível o contato com familiares das irmãs, que se prontificaram a receber o presidente da Câmara e a equipe de comunicação da casa de leis na residência delas. O encontro aconteceu na última semana, durante uma viagem do vereador Cezinha e de outros parlamentares à Brasília, que tiveram compromissos no Congresso Nacional, participação e capacitação na XXI Edição da Marcha dos Legislativos Municipais, promovida pela União dos Vereadores do Brasil (UVB).

Durante a visita às irmãs, foram entregues os Títulos de Cidadãs Florianenses a Juracy e Julieta. O pai delas foi o primeiro agente do Correio de Araguaya e também foi comerciante na localidade. Durante o encontro, o vereador conversou por horas com as irmãs.

Elas lembraram-se da época do primeiro comércio do pai delas, em 1909, e onde era o primeiro Correio de Araguaya e de como foi construído a casa onde elas nasceram – com cal, barro e pedras. “A cor da casa era branca, com janelas e portas azuis”, comentam elas.

Casa onde as irmãs nasceram, em Araguaya, na atualidade

“Foi uma tarde de muita emoção em Brasília. Entregamos dois Títulos de Cidadãs Florianenses às irmãs centenárias. Julieta é a mulher mais idosa nascida em nosso município. Gravamos uma entrevista com as duas para um documentário para a Câmara Municipal. O segredo delas, segundo contaram, é sempre desejar e fazer o bem, não guardar mágoas e sempre perdoar. Foi um aprendizado”, destaca Cezinha Ronchi.

IDA ATÉ BRASÍLIA – As duas irmãs nasceram e viveram em Araguaya até 1923. Depois se mudaram para Vitória e, em seguida, para o Rio de Janeiro, onde moraram cerca de 20 anos. As duas chegaram à capital federal em 6 de junho de 1960.

Juracy se formou em biblioteconomia e contabilidade e Julieta estudou turismo. Trabalharam por muito tempo na Câmara dos Deputados: a irmã mais nova como diretora da biblioteca da Casa e a mais velha como diretora do arquivo. “Fiz a faculdade (de turismo) com 54 anos, já em Brasília. E depois prestei concurso”, lembra Julieta.

Juracy acrescenta: “graças a Deus, nosso pai não era tão atrasado, porque naquela época as mulheres não podiam estudar nem arranjar emprego”, comenta. Com a experiência de um século de vida, Juracy confessa que gosta de receber visitas e que a casa está sempre cheia de netos, bisnetos, amigos e familiares. Para as irmãs, o segredo para se viver bem é viver contente. “Com amor ao próximo, aceitando como as pessoas são”, reforça Julieta.

Trechos da conversa descontraída

COMPRA DE MARIOLA – Julieta lembra que ela pequena ia até a venda ganhar mariola e ela atravessava a linha de trem até a venda, onde o dono da venda oferecia para Julieta e ela aceitava. Ela acreditava que estava ganhando à mariola, mas na verdade, o dono da venda todo mês apresentava a caderneta cobrando do seu pai a conta das mariolas. Quando ele ficou sabendo do ocorrido, disse que nunca mais comprou fiado em lugar nenhum até hoje.

CARTA – Em muitas lembranças, Julieta contou que sua mãe comentou que havia um cidadão que todos os dias chegavam à agência do Correio e perguntava: “tem carta para PT?”. Ela dizia que não e o homem insistia: “tem carta para PT?”. Ela dizia que não, e então o homem ia embora. Passando algum tempo, ele voltava e perguntou: “tem carta para Pietro Tononi?”. Foi então que a mãe dela disse que sim e respondeu: “mas o senhor vem perguntando se tem carta para PT, eu só respondo o que eu leio”. Julieta contou em gargalhadas essa lembrança.

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