Venda direta é a nova revolução do agro

Publicado em 13/04/2024 às 03:56

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Modelo de negócio bem sucedido em diferentes setores da economia nacional, as vendas diretas movimentam em torno de R$ 45 bilhões/ano no Brasil. Isso coloca o país entre as sete nações que mais adotam esse modelo no mundo. Já na América Latina, o Brasil está no topo desse ranking, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). Agora, esse formato comercial consolidado também ganhar força no agronegócio, com a adesão de grandes players à modalidade. 

Os primeiros passos na comercialização de produtos e serviços agrícolas pelo sistema de venda direta foram dados há quatro anos, pela Produce, que comemora o sucesso do formato colaborativo na comercialização de insumos e produtos de assistência ao produtor, mesmo em tempos de crise. A empresa, de capital aberto, recebeu um aporte de investimentos de R$ 100 milhões captados de um family office – fundo formado por famílias de alto poder aquisitivo para investimentos no mercado, especialmente em inovação e tecnologia, o que ajudou a consolidar o seu projeto de expansão.

Cofundador da empresa, Guilherme Trotta projeta crescimento de pelo menos 400%, em 2024, em comparação com o ano passado, e ressalta que as vendas diretas têm impacto positivo para todos os envolvidos no negócio, que é realizado sem a necessidade de intermediários. “Criamos um modelo de negócio exclusivamente para favorecer o agronegócio brasileiro, onde a principal estratégia é estreitar os laços com o produtor rural através da maior força de venda do Brasil, possibilitando o contato direto do fornecedor para o agricultor”, resume.

A presidente da Associação Brasileira de Empresas de Venda Direta (ABEVD), Adriana Colloca, revela que a Produce foi a primeira representante do agronegócio a se associar à entidade e destaca que o digital já está integrado no modelo de venda. “O relacionamento é a parte importante na venda direta. O vínculo entre quem vende e quem compra é essencial para o nosso mercado e a digitalização, hoje, é essencial nas relações humanas”, explica.

Outra característica desse modelo de negócios é um amplo leque de produtos a disposição do agricultor. A plataforma de vendas conta mais de 600 soluções e tecnologias, entre sementes selecionadas de grãos, fertilizantes, defensivos, produtos veterinários, insumos biológicos etc. Além de produtos exclusivos da empresa, como por exemplo, o fertilizante organomineral Bravera. 

“Desenvolvemos esse produto especificamente para os clientes da Produce. Esse modelo é uma tendência mundial e no agro ele é disruptivo. Ter um produto no portfólio da empresa significa que do dia para a noite você contará com canais de distribuição em quase todo país, sem se preocupar com a logística. Isso não existe no mercado”,  destaca Cleber Terribile, diretor da Terraplant. 

Guilherme Trotta ressalta que o modelo de negócio possibilita uma revolução na forma como os fornecedores se relacionam com o agricultor. “É uma vantagem irrecusável para o fornecedor, que também pode criar promoções ou campanhas”. O executivo acrescenta que a competitividade é um compromisso da empresa, que trabalha com baixa margem de lucro. 

A força de vendas, a que Trotta se refere, são os nove mil consultores (também chamados de Producers) que operam em um modelo de negócio consistente, já testado e aprovado, sem a exigência de exclusividade. Entre as vantagens, o cofundador da empresa ressalta autonomia, flexibilidade de horários e possibilidade de renda extra, com taxa de ganhos acima da média do mercado. “A mesma soja que ele vende pela concorrência, pode comercializar também pela Produce, com a diferença que conosco ele vai ganhar 5% do total, muito mais do que os 2% habitualmente pagos. Além disso, ele é dono do próprio negócio, sem custo extra”, exemplifica.

Atuando na região de Sinop, no Mato Grosso, o técnico em agropecuária Cláudio Roberto de Alencar, 47, relata que a atuação junto à empresa, há três anos, provocou uma mudança em sua carreira profissional. “Eu estava praticamente sem renda. Quando surgiram os primeiros negócios, em 2022, a minha vida mudou. Passou a ser a minha principal fonte de renda e deu suporte financeiro para todo o ano seguinte, tudo isso foi essencial no meu trabalho e na minha trajetória”. 

A empresa se encarrega da avaliação de crédito, da entrega e cobrança. “Costumamos dizer que todo o processo é digital, mas com atendimento e assistência humanizados, tanto para o produtor rural como para o consultor. Precisamos que esses profissionais estejam próximos ao cliente, para prestar assistência e ser o elo com a lavoura”, reforça Trotta. “O grande risco é que o consultor ganha sempre, e ganha bem”, finaliza Guilherme Trotta.

Fonte: AgroUrbano

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