Temporada de Cruzeiros 2019/2020 injetou R$ 2,24 bi na economia brasileira

Publicado em 26/09/2020 às 12:30

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Cada R$ 1 investido no setor de cruzeiros para a Temporada 2019/2020 movimentou R$ 4,63 na economia nacional. É o que mostra o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil – Temporada 2019/2020, produzido pela CLIA Brasil e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com dados inéditos do setor. No Brasil, a última temporada (de novembro de 2019 a março de 2020) foi responsável por um impacto econômico de R$ 2.24 bilhões na economia do país, 7,6% maior em comparação ao período 2018/2019. Além disso, o setor gerou R$ 296 milhões em tributos no período.

O mercado de viagens é uma das atividades mais afetadas pela crise econômica resultante das medidas de contenção da Covid-19. No caso do segmento de cruzeiros no Brasil, mesmo com o início das medidas de isolamento social e paralisação de diversas atividades no mês de março de 2020, o setor gerou impactos significativos, o que mostra sua importância para movimentação econômica do país.

“O turismo foi um dos mais afetados em todo o mundo e o Ministério do Turismo tem trabalhado incansavelmente para garantir a retomada de todos os segmentos da maneira mais segura para todos. Os excelentes números registrados na última temporada de cruzeiros, mesmo em um cenário adverso, reafirmam o potencial do turismo para promover o desenvolvimento econômico e social em nosso país”, avaliou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Os setores mais beneficiados com os gastos dos cruzeiristas e tripulantes (sem contar as armadoras) foram: comércio varejista – despesa com compras e presentes – (R$ 335,2 milhões), seguido por alimentos e bebidas (R$ 333,4 milhões), transporte antes e/ou após a viagem (R$ 177,8 milhões), passeios turísticos (R$ 146 milhões), transporte nas cidades visitadas (R$ 71,3 milhões) e hospedagem antes ou após a viagem de cruzeiro (R$ 46,4 milhões).

Pela terceira temporada consecutiva, houve aumento do número de viajantes em comparação a 2018/2019, totalizando aproximadamente 470 mil cruzeiristas a bordo de oito navios, que passaram por 15 destinos nacionais (Santos, Rio de Janeiro, Búzios, Salvador, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Recife, Maceió, Angra dos Reis, Porto Belo, Cabo Frio, Ubatuba Itajaí e Balneário Camboriú), e por outros três na América do Sul: Argentina (Buenos Aires) e Uruguai (Montevidéu e Punta del Este).

O levantamento ainda mostra que o gasto médio por pessoa com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 3.256 e o tempo médio da viagem foi de 5,2 dias. Além disso, o estudo indica que o impacto econômico médio gerado por cada cruzeirista nas cidades de escala foi de R$ 557,32.

“Mesmo com a pandemia, que abreviou a temporada em um mês, tivemos números positivos. Para a CLIA e para o setor de cruzeiros, o compliance, o meio ambiente e as pessoas estão sempre em primeiro lugar, por isso, estamos trabalhando com as autoridades para que a temporada 2020/2021 aconteça com novos protocolos que vão garantir o máximo de saúde, segurança e bem-estar dos cruzeiristas”, explica Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil. “Não vemos a hora de rever nossos hóspedes, criar experiências memoráveis e visitar os destinos, contribuindo para um impacto econômico positivo nos locais por onde as embarcações passam, voltando a gerar renda e postos de trabalho”, completa Ferraz.

PERFIL – Quase 92% dos pesquisados desejam realizar uma nova viagem de cruzeiro, e 87% querem retornar ao destino de escala, índice que reforça o papel do segmento como uma vitrine para os viajantes conhecerem diversos lugares de maneira dinâmica e voltarem em um outro momento.

Quanto à frequência, 66,1% dos cruzeiristas realizavam sua primeira viagem de navio, enquanto os 33,9% restantes já haviam viajado de cruzeiro, em média, aproximadamente quatro vezes, o que demonstra que os cruzeiros estão sempre levando novos turistas aos destinos dos roteiros.

As mulheres estão em alta e representam 61,9% do público. Em relação ao estado civil, 61% são casados, e referente à idade dos entrevistados, 43,9% têm entre 35 e 54 anos.

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