SUS passa a fornecer rivastigmina, medicamento autorizado para Parkinson e demência

Publicado em 25/06/2024 às 08:40

Compartilhe

saude-25-06-Raffa-Neddermeyer-Agencia-Brasil-Idoso

Foto: Raffa Neddermeyer/Agência Brasil

O Ministério da Saúde publicou, na sexta-feira (21), a portaria de incorporação da rivastigmina, único medicamento com registro em bula no país para tratamento de pacientes com doença de Parkinson e demência. Com recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) , o tratamento tem se mostrado eficaz para o controle dos sintomas cognitivos da doença e sua oferta no SUS representa um grande ganho para pessoas que convivem com a condição.

Confira a íntegra da Portaria Sectics/MS 27/2024

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, sendo menos frequente apenas do que a doença de Alzheimer – condição que já conta com a rivastigmina na rede pública de saúde. Dados do relatório avaliado pela Conitec revelam que há entre 100 e 200 casos de doença de Parkinson para cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos, e essa quantidade aumenta significativamente depois dos 60 anos de idade.

Cerca de 30% das pessoas que vivem com a doença desenvolvem demência por associação. Nesse caso, não havia, até o momento, tratamento medicamentoso disponível no SUS. A demência causa lentidão cognitiva, déficits de atenção e memória, bem como alucinações, delírios e apatia.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde , Carlos Gadelha, a decisão de incorporação tem foco em melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares. “Sabemos que o envelhecimento da nossa população já é uma realidade. A doença de Parkinson não tem cura e tem afetado parcela significativa de brasileiros e essas pessoas, seus familiares e cuidadores precisam contar com o SUS para terem acesso a tratamentos que propiciem uma vida melhor”, afirmou.

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson, os principais objetivos do tratamento são deter a progressão da doença e diminuir os sintomas. A rivastigmina, recentemente incorporada, estará indicada para pacientes com demência associada, mas o SUS já conta com tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos, implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral para pessoas que vivem com a doença de Parkinson.

Pacientes com mais uma opção de tratamento

Na última semana, foi publicada a incorporação do pamoato de pasireotida, medicamento para controle de tumor, dos sintomas e redução de complicações em pacientes com acromegalia. O medicamento será incluído no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença para pessoas que não conseguiram respostas ou possuem contraindicação em realizar as demais opções de tratamento disponibilizadas no SUS, incluindo a cirurgia para retirada do tumor e o tratamento medicamentoso.

A acromegalia é uma doença rara e crônica de desenvolvimento lento e silencioso, causada pela produção excessiva de hormônios de crescimento. Essa alteração hormonal pode causar efeitos diversos, sendo mais característico o crescimento exagerado de partes do corpo como mãos, pés, nariz, lábios, língua, queixo, testa e orelhas. A doença também pode provocar alterações visuais, paralisia de nervos cranianos, dores de cabeça, insuficiência cardíaca, entre outros. A maior parte dos casos da acromegalia são decorrentes de tumor benigno na hipófise, glândula responsável pela síntese de hormônios de crescimento.

A condição reduz a expectativa de vida em até dez anos e afeta bastante a qualidade de vida. Pessoas com acromegalia tendem a lidar com limitações importantes na rotina e na realização das atividades cotidianas e, consequentemente, com a perda de autonomia.

O tratamento com a passireotide busca controle dos hormônios e da proteína relacionada ao crescimento e redução do tamanho tumoral, reduzindo sintomas e comorbidades dos pacientes com a doença. O medicamento demonstrou benefícios nessa linha de tratamento, como redução do tumor e controle da doença para pacientes com contraindicação ou sem boa resposta com os demais tratamentos ofertados, contribuindo para melhora na qualidade de vida.

Fonte: Agência Gov

Veja também

WhatsApp Image 2025-10-30 at 14.06.01

Café arábica dobra produtividade com irrigação em unidade demonstrativa do Incaper

WhatsApp Image 2025-11-10 at 18.49.28

Muniz Freire conta com auxílio do Estado para a reestruturação da cidade após forte temporal

WhatsApp Image 2025-11-10 at 15.42.17

Governo do Estado lança nova plataforma sobre mudanças climáticas na abertura da COP30

WhatsApp Image 2025-11-10 at 15.54.01

Festival Mistura Capixaba leva 10 shows gratuitos, muito capixabismo e gastronomia para Santa Leopoldina de 14 a 16 de novembro

Capa coletiva 10 11 25

Secretaria da Saúde conclui investigação laboratorial sobre surto no Hospital Santa Rita

Imagem do WhatsApp de 2025-11-11 à(s) 07.03.12_27742f13

Jovem de Santa Leopoldina se encontra com Príncipe William durante o maior programa ambiental do mundo

Imagem do WhatsApp de 2025-11-10 à(s) 22.05.40_99c71234

Teatro em escolas ensina estudantes das montanhas capixabas sobre o uso consciente da água

Renato-Theodoro ok

Capixaba irá representar mais de 200 mil cafeicultores da América Latina e do Caribe na COP30