Ruínas de sobrado guardam histórias e lendas em antiga estrada entre Marechal Floriano e Viana

Publicado em 17/04/2022 às 18:17

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Texto e Foto: Cícero Modolo

A antiga Fazenda Caramuru, que fica localizado em São Rafael, em Viana, guarda lendas e muitas histórias de séculos passados. Atualmente, a fazenda pertence à família Firme. Sua característica arquitetônica é típica dos sobrados de fins do século XVIII para o XIX, em alvenaria de pedra, com argamassa de terra e óleo de baleia e cal.

O telhado, em quatro águas, era coberto por telha canal de barro, feita nas coxas dos escravos. O sobrado foi construído em 1884 e tem predominância de arquitetura açoriana (região de Portugal). A construção teve mão de obra escravocrata e indígena.

A fazenda fica na estrada que ligava Bom Jesus de Morro Baixo, Alto Bom Jesus e Costa Pereira (Marechal Floriano) a São Rafael, Taquaras e Peixe Verde (Viana). Mesmo em ruínas, a sede da antiga Fazenda Caramuru permanece como única lembrança do período, recordando uma época na qual a região era tomada de fazendas.

De acordo com pesquisas feitas pelo historiador e vereador Cezar Ronchi Junior, o Cezinha, de Marechal Floriano, a propriedade pertenceu ao tenente e alferes da Guarda Nacional João Antônio da Silva Moreira, que foi vereador pelo município de Viana por três mandatos: 1878/1880, 1881/1882 e 1883/1886. Ele foi presidente do Governo Municipal (prefeito) em 1881, e exerceu a função de juiz de paz no município, além de ter sido construtor de pontes que atendiam toda a região.

A ruína do sobrado da antiga Fazenda Caramuru encontra-se na propriedade da família Firme. E foi o senhor José Ailtom Firme que recebeu, com bastante alegria e entusiasmo, a equipe de reportagem para conhecer o local e produzir essa matéria.

“A imigração açoriana no Espírito Santo inicia-se com o desembarque dos primeiros colonos no porto de Vitória, no final do ano de 1812, com destino ao Núcleo de Colonização Agrícola Santo Agostinho (atual Viana)”, contou Cezinha.

LENDA – Após a morte do João Antônio da Silva Moreira, ninguém mais conseguiu morar no sobrado, pois havia relatos de moradores próximos à antiga fazenda, tropeiros que passavam por lá e de pesquisadores que já ouviram sobre essa historia, de que as portas e janelas se abriam, ouvia-se ruídos de passos, de louças se quebrando e de correntes se arrastando. Segundo Cezinha, há relatos de que gritos horríveis assombravam quem passava perto da estrada, e durante a noite muitas coisas estranhas aconteciam no sobrado.

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