Promotor de Domingos Martins encara maratona mais antiga do mundo e celebra emoção em Atenas
Publicado em 11/12/2025 às 15:33
Texto: Bruno Caetano / Fotos e vídeo: Evaldo Teixeira
Promotor de Justiça em Domingos Martins, Evaldo Teixeira tem uma paixão: a corrida. Recentemente ele realizou um sonho enquanto corredor, e viveu uma das suas maiores emoções da vida. Evaldo completou sua primeira maratona, justamente na “Autêntica”, na Grécia. A prova é considerada a origem de todas as maratonas modernas e repete o trajeto percorrido há mais de 2.400 anos pelo soldado grego Fidípides.
A escolha não foi por acaso. Para Evaldo, correr na Grécia não era só completar 42 quilômetros, era viver a história com os próprios passos. “Eu escolhi a maratona da Grécia exatamente pelo contexto e significado histórico da prova”, explica.

Ele lembra que o percurso original representa a mensagem de vitória levada por Fidípides de Maratona até Atenas, simbolismo que tornou a experiência ainda mais marcante. O desafio físico também foi intenso. A Autêntica é conhecida por sua altimetria elevada e subidas longas, exigindo preparo e resistência dos atletas.
Evaldo destaca que foi a prova mais dura que já enfrentou. “Esta corrida foi a que eu encarei o percurso mais desafiador, tanto em distância quanto em altimetria. São 42,195 km e um ganho de elevação de 335 metros. Os primeiros 12 km são planos, mas depois vêm 19 km de subidas suaves, porém longas. E no km 38 ainda tem uma subida que pega todos já exaustos”, relata.


Apesar do esforço, o clima da prova e a energia do público grego fizeram toda diferença. Evaldo lembra com emoção da forma como foi recebido pelo povo local. “Durante todo o percurso, o povo grego estava nas laterais incentivando os corredores, dizendo ‘power, power!’ e ‘bravo, bravo!’”, comenta.
Segundo ele, durante o percurso os moradores entregavam ramos de oliveira, estendiam as mãos para o toque, levantavam cartazes. “Funcionava como uma motivação inesgotável, essa hospitalidade vai além do esporte, é algo cultural. Essa animação deles é sensacional, parece que está no DNA do povo grego”, diz.
Ao entrar no Estádio Panatenaico, a emoção tomou conta. O local, que recebeu os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna em 1896, é o ponto tradicional da chegada da maratona.
Evaldo descreve o momento como único. “Senti algo indescritível, um misto de sensações, conquista e gratidão, numa explosão de emoção. A vibração das arquibancadas, os aplausos, a música… tudo gerava um poderoso combustível mental e emocional”, descreve.
A presença da esposa Mari também teve papel essencial na jornada. Sempre ao lado de Evaldo, ela acompanhou cada detalhe da preparação, da alimentação à tranquilidade emocional. Ele faz questão de ressaltar o quanto isso foi decisivo.

“Sobre a presença da Mari, isso é um capítulo à parte. Seus olhos me iluminam e seu coração me inspira a aceitar e superar desafios. Ela é parceira em todos os momentos e me dá suporte em tudo, com paciência e amor”, conta.
Antes da prova – que ocorreu no último mês de novembro – Mari o ajudou a se preparar desde cedo e depois seguiu para o Estádio Panatenaico para esperar sua chegada. Ela filmou o momento em que ele cruzou a linha final, registro que se tornou especial para os dois. “Fiquei muito feliz de ver os olhos dela brilharem, vibrando comigo. Foi uma alegria imensa compartilhar essa conquista ímpar, a maior de todas as corridas”, diz.
Evaldo resume a experiência em uma frase que carrega seu entusiasmo e sua visão como corredor: “Se dizem que todo corredor precisa correr uma maratona na vida, eu digo, com certeza, que todo corredor deveria correr a Maratona de Atenas”, conclui.