Inclusão produtiva avança no campo e garante renda a famílias do Espírito Santo
Publicado em 27/05/2025 às 09:30

Foto: Freepik
No Espírito Santo, famílias rurais em situação de vulnerabilidade social passaram a ter acesso a políticas públicas e programas sociais nos últimos meses, graças à atuação de extensionistas do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Essas famílias não estavam inscritas no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) — principal porta de entrada para benefícios sociais — e foram identificadas por meio do Programa Fomento Rural, desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, em parceria com o Governo do Estado.
Atualmente, o programa acompanha cerca de 400 famílias em 45 municípios capixabas. Muitas vivem em áreas isoladas e desconheciam seus direitos. Com apoio técnico, passaram a integrar o CadÚnico, conquistando o acesso a benefícios sociais e ao incentivo produtivo oferecido pelo Fomento Rural.
“Agora que estão cadastradas, essas famílias têm mais dignidade e oportunidades. Além do acesso às políticas sociais, recebem apoio técnico e incentivo financeiro para desenvolver atividades produtivas no campo”, destaca Jacinta Cristiana Barbosa, extensionista do Incaper e coordenadora estadual da iniciativa.
Segundo ela, o trabalho evidencia o papel transformador da extensão rural pública, que atua para aproximar famílias do campo das políticas públicas, contribuindo para a redução da pobreza e das desigualdades. “É inclusão produtiva com impacto direto na vida das pessoas”, afirma.
O Fomento Rural garante a transferência de R$ 4,6 mil por família, pagos em duas parcelas, além do acompanhamento técnico por até dois anos. Com base em diagnósticos elaborados pelos extensionistas, os recursos são aplicados em projetos produtivos — tanto agrícolas quanto não agrícolas — que visam gerar renda, promover segurança alimentar e melhorar a qualidade de vida no campo.
Entre as iniciativas apoiadas no Espírito Santo estão hortas comunitárias, produção de leite, criação de aves, artesanato, sistemas de irrigação para cultivo de café por mulheres, prestação de serviços com roçadeiras, além de projetos voltados a comunidades quilombolas, indígenas e assentamentos rurais. A ação também incentiva a sucessão rural ao incluir jovens nas atividades produtivas.
“A assistência técnica executada pelo Incaper garante que políticas públicas cheguem aos territórios mais vulneráveis, com sensibilidade às diversidades de etnia, geração e gênero”, reforça Jacinta Cristiana.
Algumas famílias beneficiadas já passaram a fornecer alimentos para programas governamentais, como o Compra Direta de Alimentos (CDA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Outras estão vendendo diretamente em feiras livres e porta a porta nas comunidades, movimentando a economia local e fortalecendo os laços sociais.
Como participar do Programa Fomento Rural:
Para ser beneficiária, a família deve morar em área rural, estar inscrita no CadÚnico e possuir renda per capita de até R$ 218. A seleção é realizada com apoio de instituições parceiras, como o Incaper. Após a adesão, os beneficiários recebem visitas técnicas durante até dois anos. O incentivo financeiro é pago em duas etapas: uma no início do projeto e outra após a comprovação da primeira fase. Os pagamentos são realizados pela Caixa Econômica Federal, por meio do Cartão Bolsa Família, Cartão Cidadão ou direto nas agências bancárias.
Fonte: Incaper